Independente da fiscalização, é preciso bom-senso sobre prejuízos causados pelos fogos de artifício, afirma vereadora

No entendimento de Ana da Apama, o município precisa se engajar nos cuidados para que a lei estadual seja aplicada


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Vereadora tem como bandeira a defesa da causa animal e atua há sete anos na Apama (Foto: Tiago Silva)

Independente da fiscalização, é preciso conscientização e bom-senso sobre os prejuízos causados pelos fogos de artifício na virada para o Ano-Novo. É o que defende a vereadora de Lajeado Ana da Apama (MDB), que tem como bandeira a defesa da causa animal e atua há sete anos na Amando, Protegendo e Ajudando Muitos Animais (Apama).

Em entrevista ao Troca de Ideias desta quinta-feira (30), ela argumentou que essa é uma questão que deve ser trabalhada o ano todo. Ela alerta que a preocupação com os animais, que sofrem bastante em função do barulho, deve ser estendida para idosos, pessoas acamadas, autistas. “Pássaros também sofrem bastante com a questão dos fogos, e o meio ambiente também, porque existe a poluição”, lembra.

“O barulho pode levar um cachorro à morte, pode provocar convulsão. Há uma diminuição dos vasos, os vasos sanguíneos se contraem. Não há tanta liberação e irrigação de sangue no organismo do animal, e isso pode acontecer também com os humanos e vir a ter uma ataque cardíaco, ter convulsão, morrer. Fora todos os acidentes que acontecem: cães que se perdem e não se encontram mais, que são atropelados, que se fincam em grades”, alerta.

Em Lajeado, no começo do ano, Ana da Apama tentou aprovar uma lei no município para regular a queima de fogos de artifício. Porém, a maioria da Câmara de Vereadores vetou a lei, com o argumento de que já há uma lei a nível de RS sobre o tema.

No entendimento da vereadora, o município precisa se engajar nesses cuidados para que a lei estadual, em vigor desde dezembro de 2020, seja aplicada. “Se o município não se engajar na questão da fiscalização, fica complicado. A gente sabe que a Polícia Civil tem outras demandas e acredito que eles talvez não estejam tão preparados para atender a tantas demandas. É uma situação que vai complicar cada vez mais, e os municípios precisam se adequar a essa legislação”, afirma.

Perturbação ao sossego

A Câmara de Lajeado aprovou, na sessão do dia 21 de dezembro, um projeto que altera a Lei nº 7.648, de 04 de outubro de 2006, que dispõe sobre ruídos ou sons excessivos. Emenda da vereadora Ana da Apama (MDB) propõe que a queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifícios, que ultrapassem os 100 decibéis a uma distância de 100 metros de sua deflagração, passa a ser classificado como pertubação de sossego.

A legislação está para sanção ou veto do prefeito Marcelo Caumo, que tem 15 dias para se manifestar. Ele adiantou que deve dar o aval à lei, mas lembrou que a emenda trata-se de uma adequação, pois a emenda da Ana da Apama iguala à regulamentação estadual. Todos os fogos comercializados em Lajeado já devem atender ao limite de 100 decibéis.

 

 

3 Comentários

  1. prenda os cachorros. está ficando chato esses mimimi de PET. Inversão total de valores e pessoas se aproveitando e se promovendo na causa;
    Centenas de pessoas e crianças sem comida digna no ano novo e a macro preocupação são os cachorros. ptqpariu

    • Se a sua preocupação são as crianças sem comida, usa o dinheiro dos fogos de artifício e compra comida pra elas! Assim, ajuda a todos, crianças e animais!

  2. são situações distintas. uma não tem nada a haver com a outra. Foguete é cultural basta se informar…particularmente não gasto em foguete pois não sou bobo em gastar dinheiro com isso. prefiro me atentar as prioridades e não as exceções. No nível que andamos com a linha PET a médio prazo teremos que conviver com PET em cima das mesas de restaurantes.

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