Infectologista sobre mulher de Taquari que testou positivo duas vezes: “Essa pessoa não teve coronavírus duas vezes”

Jovem de 26 anos trabalha na Minuano e testou positivo em teste rápido e no PCR.


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Foto: Arquivo / Grupo Independente

O médico infectologista Guilherme Campos, que atua no Hospital Bruno Born (HBB) em Lajeado, falou sobre o caso de uma mulher de 26 anos que testou positivo para coronavírus em dois testes diferentes: o primeiro em 30 de março, do tipo PCR, feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), e o segundo um teste rápido feito pela empresa em que trabalha, a Minuano, na última segunda-feira (18). “Essa pessoa não teve coronavírus duas vezes. Ela teve só a confirmação da doença”, afirma Campos.

Conforme ele, o teste do PCR é realizado no início da doença, entre o terceiro e o sétimo dia de sintomas, para detectar a presença do vírus. Já o teste rápido mostra a imunidade da pessoa, se o corpo está produzindo anticorpos. “Os exames detectam coisas diferentes”, destaca, ao falar que é natural, no caso da mulher de Taquari, testar positivo novamente.

“É esperado que todas as pessoas que tenham PCR positivo, depois de uma semana ou 10 dias, positivem no teste rápido. É uma evolução natural. A pessoa adquire a doença e, depois de alguns dias, o corpo começa a produzir anticorpos, e ai o teste rápido positiva”, explica.

Possibilidade de ser infectado duas vezes

O infectologista é cauteloso ao falar sobre imunidade. Ele confirma que é possível ser contaminado e desenvolver a Covid-19 duas vezes. “Nem todo mundo que pega coronavírus gera imunidade”, observa Guilherme Campos, ao falar que os estudos iniciais apontam para 15% a 20% dos casos. “A gente não sabe ainda durante quanto tempo as pessoas vão ficar imunes, porque é uma doença nova”, o médico lembra.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

 

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