Legislativo de Taquari aprova veto, e aterro sanitário em Linha Amoras não será construído

Veto foi aprovado com 5 votos favoráveis contra 4 votos contrários


0
Foto: Assessoria de Imprensa de Taquari

Após ser encerrada por conta de um tumulto na terça-feira (5) da semana passada, foi realizada na noite desta segunda-feira (11), a votação do veto solicitado pelo prefeito de Taquari, André Brito (PDT), ao projeto de instalação de um aterro sanitário na localidade de Amoras. O veto foi aprovado com 5 votos favoráveis, de José Harry (PDT), Ademir Fagundes (PDT), Leandro da Rosa (PT), Luis Porto (PT) e Felipe dos Reis (PSB) contra 4 votos contrários, de Maria do Carmo (PDT), Sérgio Pereira (PDT), Ana Paula (PT) e Aldo Gregory (PP).

Agora o projeto e as emendas serão encaminhados ao Prefeito, que deverá confirmar o veto. Na última quarta-feira (6), em entrevista à Rádio Independente, o prefeito detalhou a solicitação pelo veto. “Jamais passou pela minha cabeça, e está não está no nosso plano de governo, construir um aterro sanitário”, explica. Ainda de acordo com o gestor, a instalação seria inviável para um município com 27 mil habitantes. “Eu não quero o aterro sanitário, ninguém quer um aterro sanitário perto de sua casa”, afirma o prefeito.

O projeto gerou revolta por parte dos moradores, que realizaram diversas manifestações contra a possível apreciação da votação. Durante os atos, eles cobraram transparência do projeto e uma série de problemas que envolvem vertentes e fornecimento de água, que afeta a produção de alimentos, além de creche, posto de saúde e propriedades no entorno do local onde seria instalado o aterro.

O Ministério Público também se manifestou contrário à instalação. De acordo com o Promotor de Justiça André Prediger, que foi pessoalmente até o local, havia muita água na região, diferentemente do que a empresa responsável, Sustentare Saneamento S.A., dizia. “Não há a menor possibilidade de um aterro ser instalado naquela área, existe água para todos os lados, água corrente, e olha que estamos num período de seca, existem sangas que é possível tomar banho”, relata.

Conheça o projeto

A instalação do aterro foi solicitada após uma “análise ambiental foi realizada com vistas a contemplar o solicitado pelo órgão de fiscalização e controle ambiental (Fepam/RS). Por meio desta análise uma “cobertura vegetal cuja intervenção foi apontada como necessária à implantação do empreendimento, ou seja, vegetação localizada a oeste da área de interesse, apontada pela elipse vermelha no mapa de cobertura vegetal da gleba, no mapa de uso e ocupação do solo na gleba, já que com base no layout proposto para o aterro sanitário tal vegetação provavelmente será suprimida para a implantação das células de disposição de RSU de no 2 e 3”.

A empresa responsável pela instalação seria a Sustentare Saneamento S.A., que tem sede em São Paulo, e compraria uma área de terra de 158 hectares, sendo que em 66 deles seria construído o aterro. No terreno ainda seriam construídas sede administrativa, portaria e área para cortinas verdes, gerando 26 novos empregos, O aterro ainda teria abrangência regional e receberia o lixo de mais de 50 cidades de um raio de 100km.

Texto: Vinicius Mallmann
regional@independente.com.br

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Por favor, coloque o seu nome aqui