
O amor e cuidado de mãe são considerados únicos e especiais. Às vésperas do Dia das Mães, o trabalho de uma mãe social, profissional responsável por educar e transmitir afeto a crianças abrigadas em casas lares foi pauta do bate-papo programa Panorama, da manhã desta sexta-feira (6). Conversamos com a mãe social Rosemeire Araújo Abreu, e a coordenadora do Serviço de Acolhimento Institucional da (Saidan), Rosana Christ Zagonel.
Rosemeire conta que o trabalho de uma mãe social é atuar como se fosse realmente a mãe da criança. Na casa lar, as crianças tem horário para acordar, ir à escola, realizar as tarefas domésticas e se alimentar. Nos finais de semana saem para passear, fazem piquenique, correm, jogam bola, entre outras atividades. “Não é um orfanato como era chamado antigamente”, descreve Rosana. A ideia é fazer com que a criança abrigada chegue o mais próximo de uma relação de casa afetuosa.
“É igual mãe”, diz. “Se precisar eles podem falar com a gente. Se tiver triste ou alegre. Às vezes a gente percebe que estão quietos, pois estão tristes e a gente dá o jeitinho de mãe para eles se abrirem com a gente”, conta Rosemeire. Com a chegada de datas comemorativas importantes, como agora com a proximidade do dia das mães, as crianças tendem a ficar mais tristes. “A gente tenta fazer com que elas não lembrem muito”, diz Rosana, que se considera a vó das crianças.
No entanto, a mãe social reside de forma parcial no local, já que após cumprir seu expediente de trabalho, retorna para a sua casa e família. Rosemeire relata que seis crianças residem na casa social em que atua pela Saidan. Sua jornada é de oito horas diárias, incluindo o fim de semana. Há outra mãe social que fica durante o período de 24h, sendo que esta folga nas próximas 24h. Cearense, a mãe social Rosemeire mora há cerca de um ano em Lajeado.
A Saidan atende meninos e meninas de 0 a 18 anos. As casas são mistas, pois há casas lares que atendem irmãos, então não há como separar menino de menina, explica a coordenadora da instituição. O Serviço de Acolhimento Institucional possui três casas lares. Atualmente, duas estão ativas.
A permanência na casa lar
A coordenadora do Serviço explica que “cada caso, é um caso” quanto à permanência nas casas lares. Alguns, a minoria, vão para adoção. Rosana pontua, no entanto, que os pais, se estiverem aptos, são a prioridade para tutelarem a criança. Muitos pais se recuperam do uso de drogas, por exemplo, e a criança pode retorna ao lar. Em outros casos, como de abuso do menor, o retorno não ocorre. Todo o processo, tanto de acolhimento quanto de retorno ao lar, ocorre via Justiça.
Texto: Rodrigo Gallas
web@independente.com.br
Reportagem maravilhosa !
Somente agradecer por estás casa lar que me acolheram e me deram muito amor e carinho são pessoas maravilhosa com coração enorme sou grata por tudo que me ensinaram e coisas que venho trazendo até hoje pra minha vida …
Sou uma ex acolhida …