Maior parte dos minimercados não repassou integralmente os aumentos de custos de mercadorias ao consumidor, aponta pesquisa da Fecomércio

No total, foram realizadas 385 entrevistas em todo o Estado com estabelecimentos do Simples Nacional, de 26 de março a 15 de abril de 2021


0
Foto: Divulgação

Passado um ano do início da pandemia, apenas 16,9% estabelecimentos do segmento de minimercados afirmaram que registraram ganhos de receita no período na comparação do ano anterior, mesmo o setor tendo passado todo o período aberto já que é classificado como essencial. Os dados são da Sondagem de Segmentos – Edição de Minimercados realizada pela Fecomércio-RS e divulgada nesta segunda-feira, dia 03 de maio. No total, foram realizadas 385 entrevistas em todo o Estado com estabelecimentos do Simples Nacional, de 26 de março a 15 de abril de 2021.

Entre os entrevistados, 61,6% dos negócios tinham mais de dez anos de existência e 57,7% tinham até cinco funcionários. Ainda que 83,1% dos minimercados tenham apresentado perdas, apenas 53,5% desenvolveram medidas para diminuir ou evitar queda das vendas nesse período. Entre os que adotaram medidas, 45,1% apostaram em promoções, 21,8% apostaram no delivery, 17,0% na divulgação e 7,3% nos novos produtos.

Nos últimos meses, tem se observado um forte aumento do preço dos alimentos, provocado especialmente pelo aumento dos preços das commodities em dólar e da desvalorização cambial. Dado esse cenário, os entrevistados foram questionados sobre como têm lidado com o aumento de custos das mercadorias que a empresa revende. Em apenas 26,2% das empresas entrevistadas os custos foram repassados integralmente para os consumidores, 65,0% foram repassados parcialmente (comprimindo as margens) e 8,7% não foram repassados, comprimindo as margens.

“Sem dúvida nenhuma, permanecer aberto durante todo esse período foi uma vantagem em relação a outros negócios que tiveram suas portas fechadas. Entretanto, os números nos mostram que a maioria dos minimercados tiveram perdas no período. Não existe fórmula pronta para o sucesso, mas existe a receita do insucesso: não fazer nada para mudar”, afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. A saída, segundo o presidente, está em reinventar os negócios. “Entenda as transformações que estamos vivenciando e implemente as mudanças necessárias, experimente alternativas novas. Faça o melhor que você pode fazer para o seu negócio perdurar”, finalizou.

Fonte: Fecomércio

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Por favor, coloque o seu nome aqui