Manicuro dribla preconceito e conquista clientes fiéis em Lajeado

"Tenho clientes homens que preferem fazer as unhas comigo, pois têm certa timidez com mulheres", conta Ronald Alves


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Ronald Alves é um dos únicos manicuros no Vale do Taquari (Foto: Rodrigo Gallas)

A profissão de manicure, antes dominada pelo público feminino, já não é mais assunto exclusivo de mulher. Ronald Alves, um dos únicos manicuros no Vale do Taquari, conta que cada vez mais os homens estão procurando o trabalho profissional destinado ao cuidado das unhas. “Tenho clientes homens que preferem fazer comigo, pois têm certa timidez com mulheres.”

No começo da atuação profissional no ramo, Alvez percebia estranheza das pessoas. “Agora está bem normal e tem cliente que preferem fazer comigo por conta de eu ser homem. É tudo novo. Acho que as novidades atraem às pessoas”, constata. Há clientes que o procuram toda semana.

Em entrevista ao programa Panorama da Rádio Independente, dentro do quadro Sem Preconceito, Alves recorda seu início na profissão. “Tudo começou na infância. Sempre foi um desejo meu trabalhar com isso. Porém, quando criança, sempre teve preconceito. Fui repreendido pelos meus pais por ser assim.” Quando ele atingiu a maior idade resolveu apostar na profissão. “Comecei aos poucos, fazendo as unhas do pessoal de casa e às minhas. As pessoas foram vendo, gostando do meu trabalho”.

Faz dois anos que ele trabalha como manicuro. No início, ele recebia os clientes em casa e conciliava com o trabalho em um mercado. Há cerca de um mês, atende no Gold Star Salão. “Agora minha família super apoia”, conta e aconselha: “Hoje em dia qualquer emprego é para qualquer um. Se tu gosta, aposta nisso e não liga para os outros.”

Alves diz não conhecer outro manicuro com atuação no Vale do Taquari, mas segundo relatos de conhecidos, há pelo menos mais um. Além de manicuro, ele também atua como
pedicuro. Especialmente quando o assunto são as unhas dos pés, a saúde também é ponto essencial. O cuidado com este membro é essencial, pois há a possibilidade de desenvolverem infecções e patologias mais graves. Esses problemas limitam o desenvolvimento de atividades diárias, como é o caso da fascite plantar, sesamoidite e neuropatia.

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Texto: Rodrigo Gallas
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