Meio ambiente e sujeira nas ruas: fiscalização não dá conta a muitos “porcalhões” soltos por aí

"Passar a responsabilidade para terceiros não pega mais", afirma o engenheiro agrônomo Nilo Cortez


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Foto: Ilustrativa

Amanhã inicia a “Semana do Meio Ambiente”, dia 5 o da Ecologia ou dia Mundial do Meio Ambiente. Datas importantes para chamar atenção para os problemas que criamos aqui na nossa terra.  Tradicionalmente, os meios de comunicações trazem notícias, comentários, entrevistas com autoridades. Entidades públicas que atuam no setor, ONGs, escolas se movimentam para fazerem valer suas opiniões. Nada contra. Só gostaria de uma proposta de semana diferente.

Quem sabe não usamos para um “mutirão” na nossa casa ou propriedade e retirar tudo que está atrapalhando e criando lixo e abrigo para pragas e doenças. O mais famoso do momento tem sido os mosquitos. Vamos aproveitar o clima frio a nosso favor. Mesmo sabendo que não o eliminaremos podemos atrasar bastante a entrada da próxima primavera.

Quantos milhões de mosquito a menos podem resultar num bom trabalho de reciclagem de vidros, pneus, latas, calhas etc? Na propriedade rural está na hora de recolher os ferros velhos, embalagens plásticas e toda aquela “tralha” que já está atrapalhando. Embalagens agrotóxico triple lavadas para o dia de coleta. Vamos aproveitar este tempo mais acomodado da época e fazer uma bela limpeza.

Na área urbana não é diferente e acrescentaria ainda um maior cuidado com o lixo. Não é mais admissível fazer o que alguns, acredito minoria, estão fazendo. Todas estas campanhas de selecionar o que é reciclável, ter dia de recolhimento e simplesmente jogarem por aí. Não separa o lixo para que recicladores e cooperativas de reciclagem, que vivem disto. Quando estouram os sacos a procura de material utilizável ficam brabos. Desculpe, eles não são os culpados.

Foto: Ilustrativa

Também chama atenção quem sai domingo de manhã e mesmo na semana, a caminhar em regiões de bares, restaurantes e similares a quantidade de lixo jogado nas calçadas. E ainda pior não separado. Será que é tão complicado separar o reciclável para ser aproveitado? Colocar na hora do recolhimento? Quem vem de fora dar uma voltinha por aqui deve pensar o que de nós? Cidade acolhedora?

O colocar a culpa no ente público, na falta de fiscalização, na coleta de lixo… Enfim, passar a responsabilidade para terceiros não pega mais. Cada um de nós precisa tomar coincidência disto. Fiscalização não dá conta a muitos porcalhões soltos por aí.

Foto: Ilustrativa

Tratamento de choque, exposição do problema para envergonhar o “sujismundo”, velha personalidade do passado. Com celular fotografar e expor os problemas que andam por aí. Não pode fazer vai dar processo. Sujar pode? Vale também para os lixos maiores de alguns edifícios, lojas etc. Não teríamos espaço público para publicar isto. Garanto que iria “bombar”.

Tenho um parente que faz seu protesto pessoal. Ele boicota não compra, não consome, e coloca foto e comenta: este vai aprender a lidar com o ambiente. Ou quem sabe um concurso do ponto mais sujo?

Texto por Nilo Cortez, engenheiro agrônomo

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