MP de SP ouve pela 1ª vez pacientes que usaram ‘kit Covid’ da Prevent Senior; tratamento é ineficaz contra doença

Entre os pacientes que deverão ser ouvidos nesta quinta (14) está o advogado Tadeu de Andrade, de 65 anos. Ele já havia contado à CPI da Covid que passou mal após tomar o 'tratamento precoce' ao contrair o vírus. A operadora é investigada por homicídio, falsidade de omissão


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Manifestantes jogaram tinta na fachada da sede da Prevent Senior na manhã desta quinta-feira (30), na região central da cidade de São Paulo (Foto: Guilherme Gandolfi/Futura Press/Estadão Conteúdo)

A força-tarefa do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) começa a ouvir pela primeira vez, a partir desta quinta-feira (14), pacientes que usaram o ‘kit Covid’ fornecido pela Prevent Senior. Já está cientificamente comprovado que os medicamentos fornecidos pela operadora de planos de saúde são ineficazes contra a doença. Em outras palavras, não previnem e nem combatem o vírus.

Entre os remédios que fazem parte do chamado “tratamento precoce” estão a hidroxicloroquina, a cloroquina, a ivermectina e a flutamida. Eles foram dados pela empresa para pacientes com coronavírus. Alguns deles tiveram complicações de saúde e outros morreram após o uso nos hospitais da rede.

Diretores e médicos da Prevent Senior são investigados pelo MP e pela Polícia Civil por determinarem e darem o ‘kit Covid’ a pacientes com sintomas ou infectados pelo vírus. Por esse motivo, eles são suspeitos de terem cometido ao menos três crimes contra as vítimas: homicídio, falsidade ideológica e omissão de notificação de doença obrigatória às autoridades. Em outras oportunidades, dirigentes da Prevent Senior disseram à imprensa que seus médicos têm autonomia para prescrever o ‘tratamento precoce’ aos pacientes. Mas médicos ouvidos pela reportagem alegam que, na verdade, eles eram ameaçados pela empresa para dar o ‘kit Covid’.

Fonte: G1

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