Mulheres indígenas participam de curso para aperfeiçoamento do trabalho de artesanato oferecido pela prefeitura de Lajeado

Ministrado pela artesã do Centro Vestir&Ser, Sandra Ely, o objetivo da capacitação é aperfeiçoar o trabalho realizado pelas mulheres indígenas, aumentando a renda familiar


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O curso será ministrado por Sandra (Foto Pietra Darde)

Iniciou na terça-feira (16), o Curso de Qualificação do Artesanato Foxá, voltado para mulheres indígenas da comunidade Indígena Kaingang FOXÁ. A capacitação está sendo oferecida pela prefeitura de Lajeado, por meio das Secretarias do Desenvolvimento Social (SMDS) e do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag).

A aula inaugural contou com a presença dos titulares da SMDS, Céci Maria Gerlach, e da Sedetag, André Bücker, que desejaram bom curso aos participantes. “A Prefeitura tem olhos pra todos e essa ação mostra isso. Mostra também que a gente tem parcerias entre as secretarias, apesar de serem diferentes. O trabalho de vocês envolve justamente essas duas questões: desenvolvimento social e econômico. Esperamos que as pessoas possam valorizar o trabalho de vocês e entender que não estão pedindo esmola e sim, o artesanato é um reflexo da atividade desenvolvida pela cultura indígena. Gostaríamos que vocês cada vez mais tivessem esse envolvimento”, disse André ao grupo.

Mari Franco, indígena da aldeia que está participando do curso (Foto: Pietra Darde)

Ministrado pela artesã do Centro Vestir&Ser, Sandra Ely, o objetivo da capacitação é aperfeiçoar o trabalho realizado pelas mulheres indígenas, aumentando a renda familiar. “Nós, artesãs, achamos que o curso vai ajudar bastante. Hoje a gente sai de porta em porta para vender e temos o nosso quiosque. O artesanato é fruto do nosso trabalho, e aliás, é muito trabalhoso. O curso também é uma oportunidade de divulgarmos o nosso trabalho”, contou Mari Terezinha Franco, uma das participantes.

Sandra Ely (Foto Pietra Darde)

Ao longo de 4 encontros, as mulheres indígenas aprenderão noções básicas de empreendedorismo, cooperativismo, diferença de preço e valor, planejamento financeiro, entre outros conteúdos que foram escolhidos para atender as necessidades das mulheres. “A nossa intenção não é impor mudança na cultura de vocês. Muito pelo contrário. O que vocês têm de costumes é fundamental para que a gente preserve. O que queremos é melhorar a forma como vocês vão apresentar esse trabalho, para que também se sintam mais valorizadas. Esperamos que consigam, em grupo, mudar a forma de como as pessoas de fora da aldeia vejam o trabalho de vocês”, explicou Sandra.

A coordenadora do Cras Centro, Fátima Luciane Machado, lembra que o trabalho social desenvolvido com a comunidade se intensificou em agosto, a partir da iniciativa do cacique Luiz Vaz. Desde então, diversas ações já foram realizadas envolvendo os indígenas, como visitas técnicas, concessão de benefícios, atualizações cadastrais e diversas reuniões que visavam entender as necessidades da comunidade.

Foto: Pietra Darde

Além do curso, o município irá arcar com itens para a produção dos artesanatos, a fim de disponibilizar ferramentas necessárias para a confecção. A Secretaria do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Sema) também está envolvida no trabalho social, sendo responsável pelo estudo da área geográfica para projeto de arborização e para identificação de espécies de uso em artesanato, bem como pela produção de mudas e plantio na área da Aldeia Indígena Kaingang Foxá. AI/RC

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