Mundo precisa de R$ 170 bi para frear vírus; confinamento é insustentável

Aliança global liderada pela OMS admite que o confinamento indefinido de populações como instrumento para lutar contra o vírus não é sustentável, ainda que tenha sido fundamental.


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Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva virtual (Imagem: China News Service via Getty Images)

Uma aliança global liderada pela OMS estima que precisará de um volume inédito de US$ 31,3 bilhões nos próximos doze meses para lidar com a pandemia do coronavírus. O grupo admite que o confinamento indefinido de populações como instrumento para lutar contra o vírus não é sustentável, ainda que tenha sido fundamental. Hoje, o projeto conta com apenas 10% do valor.

O projeto planeja distribuir 500 milhões de testes até meados de 2021 aos países em desenvolvimento e 2 bilhões de doses de vacina, além de 245 milhões de tratamentos. Para o grupo, a aliança precisará imediatamente de US$ 13,7 bilhões.

Ainda que significativo, o volume é apenas uma fração do que tem sido o impacto da pandemia, estimado em US$ 337 bilhões por mês à economia global. Além disso, 100 milhões de pessoas podem ser jogadas a uma situação de pobreza.

A percepção é de que não há como manter as populações confinadas de forma indefinidas e instrumentos de testes serão necessários como resposta. Uma solução definitiva, porém, só viria com a vacina.

Na próxima semana, o mundo atingirá 10 milhões de casos da doença. Mas o que assusta a OMS é de que, por enquanto, a pandemia continua a se acelerar. Por dia, são mais de 130 mil casos em média na última semana. Sem a capacidade de vacinar a todos imediatamente, a meta será a de atingir 20% da população mundial.

Isso inclui:

– Trabalhadores do sistema de saúde (1% da população mundial)
– Adultos com mais de 65 anos (8% da população mundial)
– Outros adultos de alto risco com condições subjacentes tais como hipertensão, diabetes, etc. (15%)

Brasil pode ser prioridade; Itamaraty agora quer fazer parte

De acordo com a OMS, países com maior índice de transmissão serão alvos de uma operação emergencial. Mas critérios ainda serão estabelecidos. Nesse cenário, o Brasil poderia estar entre os locais considerados como prioritários.

Após meses se recusando a participar de forma ativa das iniciativas da OMS e tecendo críticas à organização e sua direção, o governo brasileiro agora escreve para as principais entidades internacionais na esperança de fazer parte dessa aliança que está sendo construída para acelerar o desenvolvimento de vacinas e tratamentos.

Fonte: UOL

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