Na pele e no nome do filho, colorada de Marques de Souza demonstra seu amor pelo ídolo D’Alessandro

Sheyla é mãe de Dalessandro Andersen Gross, de apenas dois meses e meio. O pai do menino, Emerson Henrique Gross (28), é gremista, mas aceitou a ideia. Residência do casal tem o símbolo e decoração do Inter


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Na pele a tatuagem do ídolo e no colo o filho Dalessandro (Foto: Gabriela Hautrive)

Na pele, nas fotos, na decoração da casa e no nome do filho. Em tudo Sheyla Gonçalves Andersen (23), moradora de Marques de Souza, no Vale do Taquari, tem o amor pelo Internacional estampado. Torcedora desde criança, ela viu a paixão crescer ainda mais em 2008 quando o argentino Andrés Nicolás D’Alessandro chegou ao clube. No começo, um jogador sem status nenhum, e após 14 anos, no último domingo, dia 17 de abril, se despedindo como um dos maiores ídolos da história do Inter. Toda essa representatividade fez com que Sheyla registrasse seu primeiro e único filho com o nome de Dalessandro Andersen Gross.


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O pequeno, nascido no dia 27 de janeiro de 2022, hoje com apenas dois meses e meio de vida, faz parte de um levantamento recente que mostra que mais de 800 crianças foram registras com o nome do argentino desde sua chegada no Inter.

Sheyla Gonçalves Andersen (23) com filho Dalessandro (Foto: Gabriela Hautrive)

O Dalessandro de Marques de Souza já possui uma coleção de roupas do colorado e carrega no nome toda a força da relação entre um ídolo e uma fã. E não é só no nome filho que esse amor aparece. A casa de Sheyla é vermelha e branca com o símbolo do clube. Dentro dela, todos os móveis e decorações em alusão ao Inter. Até mesmo a cadelinha de estimação da família leva o nome de “Dale”. No corpo, tatuagens reforçam a paixão: no ombro escrito Dale10 e no punho o símbolo do Internacional.

O mais curioso nisso tudo é que seu esposo, pai de Dalessandro, Emerson Henrique Gross (28), é torcedor do Grêmio, mas mesmo assim abraçou a ideia, como conta a colorada. “Foi um pouquinho difícil de conseguir, mas no fim deu tudo certo, tanto que se fosse menina, seria Dalessandra.”

Sheyla conta que sempre viu no ídolo muito mais que um simples jogador de futebol. “Ele mostra que realmente joga por amor ao time e não pelo dinheiro, realmente veste a camisa”, pondera. Questionada sobre o futuro do filho e a possibilidade de torcer para o rival, a mãe descartou qualquer chance. “A mãe vai mostrar todos os vídeos do D’Alessandro jogando em campo e ele vai honrar o nome dele sendo também colorado”, projeta.

Além disso, falou também sobre o que os amigos e familiares pensam sobre seu fanatismo. “O pessoal acha que eu sou louca, mas louco são eles que não sabem o que é ter amor a um time. Se eles tivessem um D’Alessandro em campo eles também seriam apaixonados.”

VÍDEO: Imagens da casa de Sheyla, do filho do Dalessandro e o do amor pelo ídolo e pelo clube

Toda vez que vai ao Estádio Beira-Rio assistir jogos do Internacional, Sheyla relata que o amor pelo clube é renovado. “É muito emocionante. A primeira vez que eu vi o D’Alessandro em campo, jogando lá, eu chorei de tanta alegria.”

E agora, com a despedida recente do camisa 10, as lágrimas voltaram: “Na despedida eu me emocionei muito, então também chorei. Aqui todos sabem, eu não consigo assistir sem chorar”, conta. Por enquanto, a colorada diz que não pensa em ter mais um filho, mas afirma que o primogênito Dalessandro seguirá sendo incentivado a torcer pelo colorado, e até quando for possível, não usará roupas do rival, apenas vestimentas em vermelho e branco.

História de D’Alessandro no Inter

Desde 2008 no clube, D’Alessandro se tornou um dos maiores ídolos do Internacional. Sua passagem foi marcada por uma grande identificação com o torcedor, mais de 520 partidas, 13 títulos, 96 gols e 113 assistências. Na noite do dia 17 de abril de 2022, aos 41 anos, o camisa 10 encerrou sua carreira como jogador de futebol em jogo com homenagens e vitória colorada sobre o Fortaleza por 2 a 1, no Beira-Rio.

Escalado como titular e com a braçadeira de capitão, D’ale marcou o gol de empate da equipe aos 51 minutos do primeiro tempo. Na metade da etapa final, foi substituído por Caio Vidal e deixou o campo ovacionado pelos mais de 36 mil torcedores que compareceram para sua despedida.

Após o jogo, o argentino recebeu uma homenagem no gramado do Beira-Rio. Ao lado da mãe Gladys, dos filhos Santino, Martina e Gonzalo e da esposa Erica, o jogador assistiu a um clipe no telão do estádio que relembrou a história no clube. Ainda recebeu uma camisa com o número 529, em alusão ao número de jogos pelo Colorado.

Texto: Gabriela Hautrive
reportagem@independente.com.br

 

 

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