“Nada vai nos machucar mais do que aquela noite que nossos filhos foram assassinados”, diz presidente da associação de vítimas da Kiss

O décimo dia de julgamento da boate Kiss nesta sexta-feira (10) tem sido de forte emoção por parte dos familiares e demais público que acompanha o júri de forma presencial


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Foto: Divulgação

Houve forte comoção por parte dos familiares durante o júri nesta sexta-feira (10) após a promotora Lúcia Helena Callegari ter exibido aos jurados um vídeo dos corpos das vítimas da boate Kiss

O décimo dia de julgamento da boate Kiss nesta sexta-feira (10) tem sido de forte emoção por parte dos familiares e demais público que acompanha o júri de forma presencial.

Durante a réplica do Ministério Público, a promotora Lúcia Helena Callegari exibiu um vídeo aos jurados em que mostra os corpos das vítimas caídos no chão. Alguns familiares precisaram de amparo e atendimento médico.

Uma das pessoas que ajudou a amparar as famílias foi o presidente da Associação das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) e pai de uma das vítimas, Flávio Silva. Emocionado, ele disse que consegue se manter firme porque já viu outras fotos e vídeos durante estes quase nove anos. “É um mal necessário, porque nada vai nos machucar mais do que aquela noite que nossos filhos foram assassinados. Esse vídeo precisava ser mostrado para os jurados para eles verem que esses 242 não são apenas números”, desabafa.

Questionado sobre como se mantém de pé durante estes anos após a morte da filha, ele fala que a força vem de cima. “Essa força vem lá de cima, dos nossos filhos. Porque quando a gente se sente meio cansado, a gente pede e nossos filhos nos dão força”, reflete.

O júri teve uma pausa às 12h e deve retornar às 13h15 com a tréplica dos advogados de defesa.

Texto: Caroline Silva
jornalismo@independente.com.br

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