“Não se pode taxar o comércio como principal causador desses novos contágios”, afirma presidente da CDL Lajeado

Aquiles Mallmann cita as aglomerações em bancos, lotéricas e mercados. "Não é o comércio que está trazendo aglomeração para o centro da cidade", afirma.


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Foto: Arquivo / Rádio Independente

O presidente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Lajeado, Aquiles Mallmann, fez uma defesa das ações do comércio da cidade no sentido de combater o avanço do novo coronavírus. A fala, em entrevista no Rádio Repórter desta quarta-feira (29), ocorre quando os casos de Covid-19 aumentam em Lajeado, e volta a discussão de fechamento de atividades para reduzir a circulação e aglomeração de pessoas.


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“Não se pode taxar o comércio como principal causador desses novos contágios”, afirma Mallmann. “Ficamos chateados, de certo modo, por sermos taxados como causadores desse maior contágio. Isso não é verdade”, defende ele. O empresário cita as aglomerações em bancos, lotéricas e mercados nos seus horários de atendimento. “Não é o comércio que está trazendo aglomeração para o centro da cidade, e sim as pessoas indo atrás dos seus benefícios”, observa.

Mallmann também fala sobre a origem do maior número de casos em Lajeado e região. “A gente teve a infelicidade de dois frigoríficos em Lajeado terem muitos casos. Dos casos que estão acontecendo, uma porcentagem grande são dessas empresas, e a gente sabe que eles estão tomando o maior cuidado”, lembra o presidente da CDL.

Conforme o dirigente logista, “o comércio de Lajeado está rigorosamente cuidando de todos os regramentos que nos foram passados para termos essa flexibilização”.

“A gente sabe que o comércio local da nossa cidade é uma escola nos regramentos e nos cuidados que estão tendo no Covid-19. Estamos, rigorosamente, cuidando de todos os detalhes, tanto disponibilizando álcool gel, higienização do ambiente, controlando a aglomeração, cuidando e tendo atenção ao grupo de risco, uso de máscaras caseiras dentro das lojas e orientando que tem que fazer a utilização fora também”, detalha.

“O comércio de Lajeado sabe que isso aí é sério, que a gente está tratando de um vírus que está afetando muito a saúde. Primeiro eram só números; agora estão ocorrendo óbitos. Temos que ter o maior cuidado”, afirma o presidente da CDL.

Redução de clientes

Conforme Aquiles Mallmann, os estabelecimentos notaram uma redução drástica no número de clientes por dia após a reabertura. O faturamento é 20% a 30% do que era em tempos normais, antes da pandemia. Na Julio de Castilhos e ruas paralelas, as lojas chegam a receber de quatro a seis pessoas por dia, somente, conta o presidente da CDL.

Novo fechamento

O comércio de Lajeado se reúne com o Poder Público e acompanha os próximos passos. É esperado um novo decreto do governo do Estado, e a região do Vale do Taquari, especialmente em função dos números de Lajeado, pode ser afetada.

O Piratini vai dividir o estado em sete regiões, e estabelecer bandeiras desde a verde à vermelha, conforme o número de casos de coronavírus e leitos hospitalares por região, para determinar suspensões.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

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