No Dia do Motociclista, motoboys falam sobre a rotina e as experiências de estar diariamente sobre duas rodas

Durante o pico de covid-19, as ruas das grandes cidades estiveram vazias, mas nunca sem motos


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Foto: Marcelo Cardoso

A escalada do uso profissional da motocicleta é uma realidade concreta, que ganhou ainda mais destaque com a pandemia. Em alguns momentos, as ruas das grandes cidades brasileiras estiveram vazias, mas nunca sem motos.

O transporte individual, os serviços de delivery e a necessidade do isolamento social adquiriram nova importância diante da pandemia da covid-19. Os benefícios trazidos pelo uso da motocicleta estão mais evidentes. Além de serem menores e mais ágeis no trânsito, e conseguirem estacionar com mais facilidade, o custo de manutenção é mais baixo, são mais econômicas e menos poluidoras no uso do combustível.


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Pela importância das motos e seus motociclistas, nesta quarta-feira (27) é o dia internacional do motociclista, e a reportagem da Rádio Independente realizou entrevista com os proprietários do Velozes Tele-entrega de Lajeado para comentar sobre as experiências, histórias e desafios durante a covid-19.

Por que escolher a moto e não um carro

Para o motociclista Patrick Barbosa, que é proprietário da Velozes Tele-entrega de Lajeado, a moto é o instrumento mais rápido de entregas, de poucos volumes e principalmente pela economia. Perguntado sobre o respeito de outros veículos com os motociclistas, ele responde que existe muito respeito e se em algum momento faltar, o infrator estará além de desrespeitando um ser humano que está a trabalho, também vai ser penalizado e responderá pelos danos que causar.

É minoria aqueles motoristas que não respeitam os motociclistas. “São poucos casos de desrespeito, imagina um dia um motorista fechar um motoboy e causar um acidente, e no dia seguinte o mesmo estar na casa dele realizando uma entrega de algum medicamentos que pode ajudar a sua saúde ou de um familiar?”, cita Barbosa.

Dias de chuva

Nos dias de chuva não muda praticamente nada para o motociclista, já que a modernidade permite usarem capas de chuva e outros materiais impermeável. “O que muda é nos momentos de entrega, onde pode molhar alguma mercadoria ou até mesmo o dinheiro ou troco dos pagamentos. E a pista que fica mais escorregadia, é necessário atenção total’’, comentou.

Acidentes

O motociclista comenta que em 16 anos de profissão sofreu apenas um acidente de trânsito, com escoriações leves. “O bom motorista sempre cuida dele e de tudo que está ao seu redor. O motoboy talvez seja o motociclista que mais tem cuidados no trânsito”, opina Barbosa.

Durante a covid-19 aumentou a demanda e a frota

A proprietária da empresa Velozes Tele-entrega, Cristina Maria Ramos Barbosa, comenta que durante a covid-19 a demanda aumentou e o maior pico durou mais de meio ano. Após esse período voltou ao número de atendimentos normal. A empresa aumentou as entregas, manteve os funcionários e inclusive elevou a frota de veículos, adquirindo mais seis motocicletas. Durante o maior pico da pandemia, entre março e setembro de 2021, a frota passou de 24 para 30 motos. A empresa atende cerca de 200 chamados por dia, entre os turnos da manhã e da noite.

Reportagem: Marcelo Cardoso
jornalismo@independente.com.br

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