No próximo ano, pare de dar desculpas e faça acontecer

"Nós, seres humanos, em sua grande maioria, temos a mania de terceirizar a culpa", ressalta Gustavo Bozetti, diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS.


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Gustavo Bozetti, diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS (Foto: Tiago Silva)

Quando começou a guerra entre a Espanha e os EUA, em 1898, um dos principais diferenciais para os americanos era comunicar-se rapidamente com o chefe de um grupo de soldados, Garcia, que se encontrava em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou telégrafo. No entanto, o presidente americano tinha que tratar de assegurar-se o quanto antes da sua colaboração. Alguém lembrou ao presidente: Há um homem chamado Rowan, e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan.


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Rowan foi trazido à presença do presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia. Não vem ao caso contar aqui como esse homem, Rowan, tomou a carta, guardou-a numa embalagem impermeável, amarrou-a sobre o peito e, após quatro dias, saltou de um barco a altas horas da noite, na costa de Cuba, nem como se embrenhou no sertão para, depois de três semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil, nem como entregou a carta a Garcia. São coisas que não vem ao caso contar aqui.

O ponto que desejo frisar é este: o presidente deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia. Rowan pegou a carta e nem sequer perguntou onde é que Garcia estava. Partiu imediatamente para atender ao pedido do presidente. Essa mensagem está em um livro cujo título é “Seja um profissional de alto rendimento”, dos autores Jamil Albuquerque e Eduardo Mendes.

Podemos tirar muitas lições dessa história, mas, talvez, a principal seja execução. Existem pessoas que são exatamente como Rowan. Elas não questionam, não arrumam desculpas, não se queixam. Elas simplesmente fazem o que precisa ser feito. São pessoas com foco total na resolução dos problemas. São facilitadores, e é disso que muitas empresas estão precisando. Pessoas que facilitam e resolvam os problemas sem dar desculpas e sem culpar terceiros por não ter conseguido resolver algo.

Nós, seres humanos, em sua grande maioria, temos a mania de terceirizar a culpa (governo, tempo, pandemia, etc…), mas muitas vezes esquecemos de olhar para dentro de nós mesmos e ver que, quase sempre, o maior problema está dentro de cada um de nós. E é preciso muita humildade e coragem para assumir isso. Quando conseguimos parar de culpar os outros e olhamos para nós mesmos, tentando entender o que nós podemos mudar, a evolução acontece de forma exponencial. O Rowan nos deixa muitas lições e a certeza que, quem quer verdadeiramente algo, consegue.

É com essa mensagem que pretendemos ir encerrando o ano, refletindo sobre os nossos resultados e trazendo para as nossas mãos a possibilidade de fazermos de 2021 um ano extraordinário. Desejo a todos um Feliz Natal. Forte abraço e até a vitória, sempre.

Gustavo Bozetti (@gustavobozetti), diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS

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