No Vale, 81 turmas nas escolas estaduais ainda precisam de revezamento em função de regra de distanciamento

Essas turmas encontram-se em 12 colégios. No total, apenas uma das 85 escolas estaduais da região ainda não voltou às aulas presenciais


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Foto: Tiago Silva

O retorno presencial às aulas tornou-se obrigatório nas escolas gaúchas desde essa segunda-feira (8). Com a retomada, aqueles alunos que, até então, optavam por realizar as atividades escolares em casa, agora precisarão, obrigatoriamente, frequentar parcial ou integralmente as aulas no formato presencial. Caso contrário, receberão falta. “Estamos com as nossas escolas retomando a uma nova normalidade”, comenta a coordenadora regional de Educação, Cássia Benini.

Porém, o retorno presencial, formalizado por meio de decreto estadual, prevê que as instituições de ensino que não tiverem espaço físico para garantir o distanciamento mínimo de um metro entre classes sigam fazendo revezamento entre seus estudantes.

“O ensino é obrigatório presencial, a menos que o aluno tenha uma comorbidade que, por recomendação médica, precise ser preservado e mantido no ensino remoto. Ou as turmas onde as salas de aula não comportem o número total de alunos, o decreto do governador também prevê o revezamento das turmas”, explica. “O revezamento, cabe ressaltar, nós já vínhamos fazendo em momentos anteriores. Porém, o revezamento não é mais semanal, ele deve ser diário”, detalha.

No Vale do Taquari, nas escolas estaduais, 81 das 976 turmas ainda precisarão fazer revezamento, número que corresponde a 8,29% das classes. Essas turmas encontram-se em 12 colégios, conforme dados da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (3ª CRE). Dessa forma, os alunos terão que ir à aula presencial dia sim e dia não. Nos dias em que ficarão em casa, terão ensino remoto ou então ganharão atividades para fazer.

No total, a região de abrangência da 3ª CRE, com sede em Estrela, tem 85 escolas estaduais. Destas, apenas uma — um educandário indígena em Lajeado — ainda não voltou às aulas presenciais. Isso porque o espaço recebe obras de construção de banheiro.

A maior parte dos estudantes do Ensino Fundamental do Vale do Taquari já tinha retomado o ensino presencial, com índices na casa dos 80%. A situação é mais dramática no Ensino Médio, em que cerca de 50% deles têm ido às aulas. A análise que se faz é que, como muitas famílias perderam a renda durante a pandemia de coronavírus, os alunos tiveram que ajudar no complemento do orçamento familiar. Agora o medo é que eles não retornem. “A gente não quer que eles abandonem as escolas. As escolas estão fazendo todos os movimentos para que os alunos permaneçam e retornem”, afirma Cássia Benini.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

 

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