Tramita na Câmara de Vereadores de Lajeado o novo regime de pavimentação da cidade, apresentado no mês de abril pela administração municipal. Se aprovado, o modelo altera a forma de contribuição do Executivo. Hoje a Prefeitura auxilia com recursos financeiros, que podem ser de até 35%. Com o projeto, a gestão pretende contribuir com canos e maquinário. O pré-requisito é a adesão total dos moradores. Atualmente, cerca de 70 requisições de pavimentação aguardam encaminhamento na Secretaria de Obras.

Para viabilizar o possível modelo, todos os proprietários dos lotes a serem pavimentados deverão aderir ao programa e, “a partir disso, poderão procurar empresas e fazer orçamentos”, de acordo com o secretário de Obras, Cassiano Jung. A proposta quer mudar a destinação de recursos, visto que a prefeitura deixaria de colaborar com incentivo financeiro. “É mais vantajoso, porque, pelos nossos cálculos, a participação do governo deverá passar de 40%”, estima.


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Na justificativa do projeto, a administração diz que “a nova sistemática ora proposta busca agilizar o atendimento dessas demandas, além de propiciar que diversas outras ruas possam ser beneficiadas. Denota-se o intuito de participação dos proprietários na organização, planejamento, execução e controle dos serviços desta natureza, a envolver o aprimoramento do sistema viário, o que se revela plausível e harmonioso na conjunção de esforços”.

Responsável pela pasta, Cassiano Jung afirma que aproximadamente 70 pedidos de pavimentação aguardam na secretaria. Foto: Natalia Ribeiro

Desburocratizar o processo também é um dos objetivos da administração com o projeto, conforme Jung. Ele lembra que “vai ser mais ágil, já que deixará de envolver a presentação de contas pelas associações”. No atual modelo, a prefeitura repassa o valor às entidades, que encaminham o recurso para as empreiteiras contratadas e depois  repassam detalhes do pagamento.

Agora, além de elaborar o projeto técnico, a prefeitura pretende fazer o serviço de topografia, “preparação da cancha, remoção de possível material inadequado que esteja na pista, serviço de canalização, fornecimento e colocação dos tubos, além do pó de brita ou areia para assentamento da pedra, paralelepípedo ou bloco de concreto”, garante o secretário.

No entanto, a regra de adesão total pode barrar a realização de pedidos que já foram encaminhados à secretaria. Conforme Jung, a maioria das solicitações não está em conformidade com  a norma. Pedidos dos bairros Conventos, Bom Pastor e Moinhos lideram a lista de espera. NR

5 Comentários

  1. Que palhaçada isso ai, até a rua a gente tem pagar agora pra ser pavimentada, já cobravam antes uma parte, agora querem cobrar tudo, aquele monte de imposto que a gente paga todo ano serve pra que? Pra engordar o bolso dos funcionarios? Essa prefeitura tá ridicula, como toda a politica do nosso pais tá. No Moinhos D’agua a Antares fez a pavimentação do morro até metade da rua porque a prefeitura não quis colaborar com a parte dela, que é área verde, daí metade da rua é pavimentada e a outra metade estrada de chão. A ponte de São Bento até agora nada também, era pra começar em abril as obras, dai tinha um poste, a Certel fez o poste, trocou de lugar, agora o problema é a Fepam, sendo que ali nem arvore nao tem onde vai ser feita a ponte, é só capim pras vacas. Denovo a ponte nao sai do papel e o dinheiro vai acabar sumindo, quando decidirem fazer dai nao tem mais dinheiro e vai ter milhoes de novas desculpas. Essa é a nossa cidade… que vergonha!

  2. Jaguara da,
    Nao tem nem vergonha na cara… e os impostos ja pagos?
    ja metem a mao em tudo e mais isso agora, nao te vergonha nessa carinha mesmo. bando de M…
    Começar a Historia, ja é pago pelo cidadoes, uma ótima parte, sobre os impostos que pagamos, antes de querer fazer projeto o esses bla bla ai, vao arrumar os buracos que tem nas avenidas, tapadores de buracos. tapar buraco e furos é oq mais se faz nessa cidade, ja ue querem lançar este projeto, lança um que ajude nas manutenções dos carros que andam nessas vergonhas de ruas… construir faixa elevada, sabem fazer, melhor nao sabem bosta nenhuma. pois quem faz isso ou manda, nao tem nenhum conhecimento ou estudo para isso. pois faço muito melhor q esses que estao na retaguarda. Quebra molas, disfarçado de faixa elevada. Bando de B****.

  3. Não acho razoável ter que ter a adesão total dos proprietários.

    Assim, os moradores das ruas não pavimentadas ficam reféns da boa vontade daqueles que são donos de terrenos mas não moram no lugar.

    Na rua das Macieiras no bairro montanha, por exemplo, só falta a assinatura de dois proprietários que são donos de terrenos e não moram no local, portanto, não convivem com a poeira, barro, valetas, riscos de acidentes e quedas de pedestres.

    Se depender deles, minha rua jamais será pavimentada. A vontade e interesse da maioria está sendo desconsiderada.

    Acho um absurdo esta exigência. Já estava ruim agora piorou.

    A prefeitura deveria assumir seu papel pavimentar as ruas e depois cobrar dos proprietários se for o caso.

    • Ótima colocação Maximiliano!
      Acredito que se aprovado este regime causará inúmeros transtornos à cidade, seja na forma de burocracia para novas pavimentações, qualidade de vida dos habitantes destas vias, e principalmente no aspecto financeiro, pois não pagamos poucos impostos.
      Nos dez anos que resido em estrada de chão na cidade de Lajeado, minha rua recebeu patrolamento e carga de material apenas duas vezes (sempre antes das eleições).
      Aos Vereadores: Cumpram o seu papel que é defender os reais interesses do povo e não aprovem esta barbaridade. A contrapartida e o retorno dos nossos impostos na forma de investimentos de infraestrutura é vital para a Cidade.

      • Pois é Sr. Agripino e este “novo” regime de pavimentação que exige 100% de adesão de proprietários (e não necessariamente moradores que são proprietários), de novo não tem nada, já que, desde quando protocolamos o abaixo-assinado há mais de 2 anos, a SOSUR já nos afirmava sobre esta exigência de adesão total.

        Se não bastasse, protocolamos o abaixo-assinado com a maioria dos proprietários (mais de 90%) e até hoje sem notícias sobre o assunto.

        Posso estar mal informado, mas me parece que não há qualquer critério de necessidade, antiguidade, etc, para as pavimentações. Assim, o cidadão não sabe se terá que esperar 1 ano ou 20 anos para ter sua rua pavimentada. Enquanto isso, muita poeira, barro, valetas, riscos de quedas de pedestres, etc.

        Sugiro que repensem esta legislação sobre pavimentações em 3 aspectos: 1º – estabeleçam a exigência de adesão da maioria dos proprietários, ou seja, 51% (jamais 100%); 2º estipulem um cronograma de pavimentação das ruas de Lajeado para que seja possível para o cidadão acompanhar o andamento da sua rua e 3º – estipulem metas de pavimentações por mês/ano, de maneira que sejam reservados recursos para tal finalidade.

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