“Comércio é vitima dessa situação toda”, reconhece prefeito de Lajeado, após nova determinação de fechamento

Governo do Estado anunciou novas restrições, e prefeito Marcelo Caumo pede que pessoas evitem aglomerações para conter a curva de contágio no município.


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Foto: Reprodução / Facebook

O alto número de casos de coronavírus registrados nos últimos sete dias fez com que Lajeado e região fosse atingido por nova determinação de fechamento do comércio. O anúncio do bloqueio da atividade foi feito pelo governador Eduardo Leite na tarde desta quinta-feira (30). Em entrevista no programa Rádio Repórter logo após a divulgação da informação, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, comentou a medida. Ele disse que “era muito recente” e que iria aguardar a publicação do decreto estadual para adequar o regramento municipal às novas exigências do Estado.


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Caumo já havia decretado o fechamento da indústria, do comércio e serviços desta quinta-feira (30) à noite até às 6h de segunda-feira (4). Para o prefeito, as medidas já eram restritivas, o que vai possibilitar que esse tempo seja utilizado para a adaptação ao bloqueio imposto pelo Palácio Piratini — são regras transitórias de fechamento até que o modelo de distanciamento social com divisão por regiões, levando em conta o número de casos e leitos hospitalares, fique pronto a partir da próxima semana.

O prefeito de Lajeado diz que mantem contato frequente com integrantes do governo do estado, mas não havia conversado com o governador Eduardo Leite, e que não sabia da medida de fechamento do comércio lajeadense e do Vale do Taquari até que o anúncio viesse a público. “O que tem de novidade é uma restrição maior para o comércio”, nota.

Marcelo Caumo concorda com a alegação do presidente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Lajeado, Aquiles Mallmann, de que o comércio não pode ser taxado de maior responsável pelos últimos casos registrados em Lajeado. Reconhece também que bancos, lotéricas e supermercados geram maior aglomeração. “O comércio é vitima dessa situação toda, e o comércio acaba sendo levado como protagonista esse situação toda pela circulação de pessoas”, reconhece o prefeito.

Para que novas medidas restritivas não tenham que ser adotadas, com maior abrangência, o prefeito pede colaboração da comunidade para que as pessoas evitem sair às ruas se não tiver real necessidade. Solicita também que apenas uma pessoa do núcleo familiar vá fazer as suas necessidades, para evitar aglomerações, e que sigam as orientações sanitárias.

Possibilidade de fechamento de frigoríficos

A permissão de funcionamento de frigoríficos que registraram alto número de casos de Covid-19 é questionada. O Ministério Público em Lajeado propõe uma ação para o encerramento das atividades de BRF e Minuano por 14 dias. O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, prefere não comentar a iniciativa da promotoria. Diz que a administração de Lajeado debateu a situação com o governo do Estado e que as determinações baixadas em todo o Rio Grande do Sul surgiram baseadas nos problemas enfrentados por Lajeado.

Números de Lajeado

Conforme o prefeito Marcelo Caumo, Lajeado adotou como critério para enfrentar a pandemia a transparência na divulgação dos números relativos ao coronavírus. “A gente faz questão de divulgar os números reais”, afirma ele. “É muito suspeito olhar a comparação dos números de Lajeado com outras cidades”, critica.

O chefe do Executivo também pondera que o alto índice em Lajeado tem relação com a testagem. O município envia as coletas para análise do Laboratório Central do Estado (Lacen) e também foi adquirida uma quantidade de exames pela Univates, laboratórios privados e empresas locais, o que aumenta a possibilidade de diagnóstico da doença.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

 

5 Comentários

  1. o que se percebe e uma sequência de atrapalhadas de dúvidas e atitudes sem um fundamento técnico ,se nossos líderes não sabem o que fazer,o que esperam que o povo faça ficando em casa,hoje o governador fala uma coisa ,amanhã já e outra eu estranho atitudes do governador e do prefeito ,seria o ditado faca o que eu digo ,mas não faça o que eu faço .

  2. OS MÉDICOS AO MEU VER ESTÃO COM MEDO DE DAR A CLOROQUINA DE IMEDIATO PERDENDO A OPORTUNIDADE DE CURA EVITANDO USAR A HOSPITALIZAÇÃO.

  3. Correto, acredito que o agravamento de pacientes está se dando por resistência a medicamentos que ajudam. Incluindo junto a heparina que é um anticoagulante quase sem restrição. E resistência a uso de uma das cloroquina, que não teriam um efeito colateral tão fatal quanto a covid-19

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