O feedback é o café da manhã dos campeões

Fazer uma boa gestão de pessoas e de equipes não é possível se não soubermos dar “feedback”.


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Foto: Divulgação

Fazer uma boa gestão de pessoas e de equipes não é possível se não soubermos dar “feedback”. Feedback quer dizer “comentário”, ou “retorno” sobre aquilo que estamos fazendo. O “feedback” é o café da manhã dos campeões. “Feedback” é a antessala do sucesso. Mas tem algo que me deixa profundamente intrigado. Vemos milhares de pessoas procurando formas de dar “feedback”, mas pouquíssimas pessoas procurando receber “feedback”. Vemos pessoas corrigindo todo mundo pelos mais diversos canais, mas poucos são aqueles que pedem ajuda por esses mesmos canais. Isso ocorre pois não sabemos receber “feedback” com a mesma facilidade que temos em dá-los.

Comentários ruins a respeito da nossa conduta atinge diretamente o nosso ego, fazendo com que fujamos desse tipo de comentário. Talvez essa seja a principal explicação de as pessoas não estarem dispostas a receber “feedback” com a mesma frequência que estão dispostas a dá-los. E quem não está pronto para receber “feedback”, não está pronto para ser grande. Quem não sabe ouvir as oportunidades de melhoria, acaba repetindo no futuro os mesmos erros do passado. É por esse motivo que, ao invés de procurarmos incessantemente formas de corrigir os outros, deveríamos, antes, procurar formas de corrigir a nós mesmos.

Eu sei que o ato de procurar uma forma de corrigir o outro é uma demonstração de que precisamos melhorar em algo, mas muitas vezes acabamos olhando mais os defeitos dos outros do que para os nossos próprios defeitos. Quando formos tão bom em melhorar a nós mesmos quanto somos bons em querer melhorar os outros, passaremos a evoluir de forma mais rápida, nos diferenciando da maioria.

Lembro de um amigo que trocava frequentemente de emprego. Todas as vezes que eu perguntava a ele o por que das trocas, ele dizia que o problema eram os outros. Ele nunca era o problema. Sempre os outros. Certo dia, chamei ele para uma conversa e contei a ele que eu tinha passado por um momento marcante em minha vida. Disse que, quando mais jovem, eu culpava os outros pelos resultados ruins que eu apresentava na minha vida. Se eu não atingia a meta, a culpa era do mercado, dos clientes, da crise.

Durante a nossa formação junto a Fundação Napoleon Hill, aprendemos sobre pessoas “responsivas”, que são aquelas que respondem toda e qualquer palavra de correção que escutam. Justificam tudo aquilo que, por algum motivo, não aconteceram da melhor maneira que poderiam acontecer. A pessoa “responsiva” não reconhece em si os pontos de melhoria. Joga sempre no colo dos outros a culpa dos seus fracassos. Penso que você também deve conhecer pessoas com esse vício comportamental.

Caso você consiga ajudar essa pessoa a perceber esse comportamento, estará destravando a evolução dela. E se você identificou em si mesmo esse comportamento, verá o quão rápida será a sua evolução após essa tomada de consciência. Quem coloca nos outros a culpa dos resultados ruins, perde uma bela chance de evoluir. A pergunta que devemos fazer sempre é: uma pessoa mais preparada do que eu, conseguiria melhores resultados? Se sim, temos a oportunidade de evoluir. Forte abraço e até a vitória, sempre.

Gustavo Bozetti (@gustavobozetti), diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS

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