O sucesso da agroindústria familiar

Famílias da região foram premiadas na Expointer.


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Foto: Divulgação

A história de elaboração de projetos da agroindústria iniciou com a ASCAR no RS. Desde os primeiros anos havia um setor que se dedicava a elaboração destes projetos nas áreas de laticínios, carnes e bebidas. Bem como o cooperativismo tinha seu setor de uma certa forma vinculada.


Ouça a participação

 


 

A Agroindústria Familiar aparece em 1999 com o Governo Olívio Dutra ao modelo de Brasília “PROVE “, mas, adaptado para as condições de nosso estado. A EMATER/ASCAR escolhe um grupo de agrônomos e veterinários para serem treinados exaustivamente durante quase um mês nos aspectos teóricos e práticos. A legislação da época é revisada e criada novas leis e regulamentos adaptados a pequenas agroindústrias com mão de obra familiar nas áreas sanitárias, ambientais e fazendária.

Desde o início o emaranhado de exigências se mostrou complicada. E ainda havia os que não aceitavam esta forma de transformação de alimentos. Resistências colocavam “pedras” no caminho que aos poucos estão sendo movidas. Houve muitas alterações até agora, mesmo assim ainda a legislação precisa ser melhor trabalhada para que se tenha um produto seguro para o consumidor e menos burocratizado ao produtor. Ao mesmo tempo que os produtores também tenham facilidades deve ser reconhecido que podem fazer produtos seguros, mas, de forma mais simplificada. E vendida pelo menos no estado, quem sabe em todo território nacional. Aos poucos se chega lá.

A credito que o consumidor já deu seu positivo para o “Programa de Agroindústria Familiar. Nos mais diversos eventos municipais, regionais e estadual a feira de agroindústrias familiar está lá fazendo suas vendas. Terminou a EXPOINTER e mais uma vez foi a vitrine da exposição chegando próximo a 4,5 milhões comercializados. Foram 500 mil a mais que o ano passado 13,5%.

Me lembro quando começou num lonão próximo onde hoje se localiza a EMATER perto de um matinho. Piso com serragem tudo improvisado inclusive as bancas. Eram perto de vinte produtores que acreditaram e investiram. Aliás deste grupo saiu depois a “Rede Agrofamília” de agroindústria familiares. Aos poucos foi ganhando seu espaço e chegou ao belo pavilhão que tem hoje com 316 espaços.

A região sempre esteve representada e nesta de 2019 foram 41 produtores entre agroindústrias, artesanato e plantas ornamentais. Segundo o Engenheiro Agrônomo Alano Tonin, assistente técnico do programa, a região tem 232 no (PEAF) Programa Estadual de Agroindústria Familiar e desta 135 legalizadas.

No decorrer da EXPPOINTER já é tradicional a escolha dos destaques entre as agroindústrias.

Das participantes da região algumas mereceram premiação:
Muçum: Cachaça prata (1°L) e cachaça envelhecida extra premium (2°L) 3 Fortuna.
Poço das Antas: Cachaça envelhecida (1°L) Premium Wille.
Venâncio Aires: Mel Multiflor (3°L) Casa mel Schwendler.
Marques de Sousa: Vinho Tinto fino seco (3°L) e Vinho tinto seco de mesa (2°L) Paludo.

A visita ao Pavilhão das agroindústrias sempre me traz boas recordações. Muitos passaram pelos Centros de Treinamentos e ou receberam nossa visita na elaboração e construções dos projetos. E tem me chamado atenção que o trabalho de sucessão nas propriedades, apesar de lento, vem dando certo. A quantidade de filhos e filhas que estão ajudando os pais é grande.

Jovens que foram ou estão estudando voltam para a propriedade e atuam na gestão e comercialização principalmente. A entrada da informatização vem junto com os jovens mais acostumados a lidar com estas tecnologias. Fica aqui o convite aos consumidores, experimente estes produtos da agroindústria familiar. Sabores da nossa colônia com nosso jeito e os recursos ficam por aqui.

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