Oficina de artesanato no Presídio Feminino de Lajeado auxilia na ressocialização e autoestima

Após sucesso das máscaras, foco agora são os enfeites natalinos


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Oficina de artesanato funciona desde o ano passado (Foto: Caroline Silva)

O Presídio Estadual Feminino de Lajeado (PEFL) Miguel Alcides Feldens, criado pelo Conselho da Comunidade de Assistência ao Apenado, desde o ano passado aposta na ressocialização e melhora da autoestima das detentas. Atividades como oficina de artesanato são realizadas como forma de aprendizado e ocupação. Crochê, polvos para recém-nascidos, e máscaras para comunidade são alguns dos trabalhos confeccionados pelas internas.


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A diretora do presídio feminino, Rita de Cássia Donini, diz que se orgulha do trabalho realizado pelas mulheres. “A gente acredita na recuperação das internas e vimos no artesanato uma peça chave para essa reinserção na sociedade”, destaca.

Diretora do presídio feminino, Rita de Cássia Donini (Foto: Caroline Silva)

Com a pandemia, surgiu a ideia de produzir máscaras para doação, o que se tornou exemplo e inspiração para outros presídios que também aderiram a atividade. “Ganhamos três máquinas de costuras, e mesmo sem experiência elas colaboraram em confeccionar as máscaras”, conta a diretora. Conforme Rita, as detentas mostram vontade de aprender. “Elas foram progredindo e surgiram voluntárias para ensiná-las. O interesse delas se multiplicou cada vez mais”, diz.

Agora o foco está na produção de enfeites natalinos como guirlandas, duendes, bonecos de Papai Noel e diversas peças de natal. Todos estão à venda.

O que dizem as detentas

Para uma das internas a ideia é trabalhar com o artesanato quando sair do presídio. “Eu não sabia nada quando cheguei aqui. Aprendi com uma colega de cela a fazer um tapete. E agora eu to ensinando as outras meninas. Eu quero conseguir a carteirinha de artesã para poder vender quando sair daqui”, conta. Já para outra mulher a atividade é uma ocupação. “Foi como ocupação pra mim. Eu trabalhava na cozinha, mas queria algo a mais”, diz.

Com ajudar ou adquirir

Interessados em doar linhas de crochê e retalhos de tecidos para continuidade do artesanato podem deixar no Presídio Feminino de Lajeado, na Rua Ermundo F. Ely, no Bairro Florestal.

Para saber sobre como adquirir os itens produzidos pelas apenadas, entre em contato com o presídio, pelo (51) 3707-0425 ou no facebook do Conselho da Comunidade de Assistência ao Apenado do Presídio de Lajeado.

Enfeites natalinos estão sendo confeccionados para serem comercializados (Foto: Caroline Silva)

Texto: Caroline Silva
jornalismo@independente.com.br

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