Olimpíadas podem acontecer sem torcedores; Tóquio cancela revezamento da tocha olímpica em vias públicas

Por enquanto, a regra é que haverá 10 mil pessoas, no máximo, no estádios e todos eles serão moradores do Japão, mas os jogos podem acontecer em locais sem torcedores


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Movimento fraco em rua de Tóquio às vésperas dos Jogos Olímpicos, em foto de 27 de junho (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)

O governo do Japão está estudando a possibilidade de proibir torcedores nas Olimpíadas, segundo um texto da agência Reuters desta quarta-feira (7). A prefeitura cancelou os eventos públicos de revezamento da tocha olímpica.

Espera-se que um estado de emergência seja decretado em Tóquio 16 dias antes do evento começar (a abertura está prevista para o dia 23).

O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, disse que o governo vai tomar uma decisão na quinta-feira a respeito da presença de torcedores nos estádios.

Os especialistas médicos afirmam há semanas que fazer os jogos sem torcedores é a opção menos arriscada.

Os organizadores já proibiram a presença de torcedores de outros países. Além disso, também já tinham determinado que a presença máxima seria de metade da capacidade (ou seja, no máximo 10 mil pessoas).

Houve uma eleição legislativa para Tóquio no fim de semana, e o partido do primeiro-ministro passou a ter uma representação menor na assembleia. Aliados de Suga atribuem a derrota aos Jogos Olímpicos, de acordo com a Reuters.

Haverá eleições parlamentares para o país no fim deste ano. A insistência do governo em realizar as Olimpíadas deve ser um dos temas da campanha.

Na terça-feira, a mídia local publicou reportagens nas quais diziam que a cerimônia de abertura poderia ser realizada sem espectadores no novo estádio olímpico de Tóquio em 23 de julho.

Na sexta-feira passada, a presidente do comitê organizador Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, declarou que a porta fechada nos locais de competição era “uma possibilidade”, e o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, também havia evocado essa opção no dia anterior.

Revezamento da tocha olímpica

Preocupada com o possível aumento de contágios por Covid-19 nos Jogos Olímpicos, o governo de Tóquio, no Japão, anunciou, nesta quarta-feira, o cancelamento do revezamento da tocha olímpica nas vias públicas da cidade, de acordo com a agência France Presse.

O evento só vai acontecer em um arquipélago remoto 1.000 km ao sul de Tóquio, as ilhas Ogasawara.

A partir da próxima sexta-feira, serão realizadas cerimônias privadas de acendimento da tocha, em vez do revezamento habitual. Os eventos serão transmitidos ao vivo, e os telespectadores poderão assistir “no conforto de suas casas”.

Na terça-feira, os organizadores dos Jogos e as autoridades japonesas pediram ao público que não acompanhe as provas de maratona e marcha atlética em Sapporo, no norte do país.

E, nesta quarta-feira, a mídia local afirmou que, devido ao aumento de casos pela pandemia de coronavírus, o governo japonês prevê declarar um novo estado de emergência em Tóquio. Inicialmente, a medida se estenderá por todo período dos Jogos Olímpicos.
O estado de emergência estará em vigor até 22 de agosto, segundo a imprensa local, enquanto os Jogos de Tóquio serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto.

Esse será o quarto estado de emergência decretado no Japão desde o início da pandemia.

Atletas e membros do COI em Tóquio

O presidente do COI, Thomas Bach, chegará a Tóquio na quinta-feira.

Cerca de 11 mil atletas são esperados nesses Jogos. Diferentes medidas foram impostas pelos organizadores para todos os participantes.

Fonte: G1

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