Oliveiras, um novo personagem na paisagem gaúcha

A oliveira exige sol, terreno inclinado e pedregoso e 200 horas por ano de temperaturas abaixo de 10ºC


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Foto: Wikimédia

As azeitonas selvagens se originaram na Ásia Menor (a maioria da Turquia moderna) há aproximadamente 6.000 anos. Historicamente, o azeite era usado para muitos propósitos, incluindo rituais religiosos, medicamentos, combustível em lamparinas, fabricação de sabão e aplicação de cuidados com a pele.

As oliveiras foram introduzidas nas Américas no século XVI dC, quando o cultivo começou em áreas que apresentavam um clima semelhante ao Mediterrâneo. No Brasil elas chegaram nas últimas décadas. Todos cultivam a oliveira, também chamada de “árvore da vida”, com o objetivo de criar sua marca de azeite extravirgem, seja em lagar (equipamento para a prensa da azeitona, geralmente importado da Itália) próprio ou terceirizado. A venda ocorre direto nas fazendas, por site ou em lojas de Porto Alegre e de algumas capitais do Sudeste.

A oliveira exige sol, terreno inclinado e pedregoso e 200 horas por ano de temperaturas abaixo de 10ºC. O prazo de retorno do investimento é de cerca de sete a 10 anos, já que as oliveiras começam a produzir com três anos e meio, atingem seu vigor a partir de oito anos e podem ser altamente produtivas até 50 anos.

No RS as oliveiras foram reintroduzidas em 2006 em Caçapava do Sul, após algumas experiências iniciais que não progrediram nas décadas de 1930 e depois em 1970 e 1980.

“A Câmara Brasil-Portugal visitou a região, que tem condições de solo e clima muito bom para a oliveira, e propôs o cultivo, já que o país importava 100% do azeite que consumia.” O desafio foi aceito pela Embrapa, que passou a coletar materiais genéticos em praças e pequenas propriedades que tinham oliveiras, identificando os germoplasmas que eram mais produtivos. Foram importadas também mudas da Grécia, sul da França, sul da Itália e norte de Portugal.

Segundo o pesquisador, hoje, o Brasil importa 98% dos cerca de 70 milhões de litros de azeite que consome, ou seja, há muito espaço para avançar na produção. O Rio Grande do Sul concentra 75% da olivicultura, tem cerca de 200 produtores, 13 indústrias e mais de 40 marcas de azeite.

Ontem ocorreu em Lajeado a primeira degustação de azeites de oliva. Foi promovida pelo fabricante Olivas da Lua que apesar de produzir em Caçapava tem fortes laços no Vale do Taquari no restaurante Empório Gastro.

Uma degustação de azeites de oliva segue os passos de uma degustação de vinhos: aromas, depois sabores e ao final as sensações. As parreiras terão companhia e concorrência nas regiões de clima fria e solo basáltico do velho Rio Grande.

Mousse de chocolate

Mais uma sobremesa deliciosa e saudável, a mousse de chocolate ganha leveza quando feita com azeite de oliva.

Ingredientes
4 ovos
3 xícaras de chocolate 70% sem leite
1 xícara de açúcar mascavo
1/2 xícara de leite de coco
6 colheres de sopa de azeite de oliva

Modo de preparo
: Separe as gemas das claras. Bata as gemas na batedeira com o açúcar e acrescente o chocolate derretido. Acrescente o óleo de oliva e o leite de coco. Bata até incorporar. Acrescente as claras em neve por último e misture à massa lentamente.

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