Para cobrir custos com alta do diesel, Expresso Azul teria que cobrar quase R$ 8 de passagem, detalha diretor

O valor para o usuário subiu de R$ 4,50 para R$ 5. Em contrapartida, o município subsidia R$ 1 do preço da passagem à empresa


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Pedro Guarnieri, diretor da Expresso Azul (Foto: Tiago Silva)

Desde 2 de maio está valendo nova tarifa do transporte coletivo de Lajeado. Os usuários pagam agora R$ 5, ante os R$ 4,50 que eram de passagem. Porém, a empresa gestora do serviço público, a Expresso Azul, passou a receber R$ 1 de subsídio da Prefeitura de Lajeado, uma alta de R$ 0,50. Dessa forma, o valor chega a R$ 6.

Apesar disso, o diretor da Expresso Azul, Pedro Guarnieri, explica que “a tarifa real seria bem superior ao R$ 6 que estamos praticando”, em função dos custos apurados. “Hoje ela estaria em quase R$ 8 na planilha. Nota-se que há uma defasagem muito grande”, afirma.

De acordo com ele, a defasagem se faz pela alta do preço dos combustíveis. Segundo o diretor, a comparação com o início do ano passado mostra uma alta de mais de 100% no preço do diesel. O óleo representa pouco mais de 30% dos custos da Expresso Azul. Outros 37 a 40% são com pessoal e encargos trabalhistas.

“Toda a receita que deveria estar entrando para a empresa fazer uma renovação de frota e novos investimentos, na realidade, estamos desde o início da pandemia não investindo porque não tem esse dinheiro”, afirma.

Guarnieri cita que a empresa busca renovar 10% de sua frota por ano. Por esses cálculos, em dois anos seriam sete ônibus que deixaram de ser incorporados à frota e que viriam a melhorar o sistema, destaca o diretor. Atualmente, são entre 115 e 120 mi usuários por mês no transporte público de Lajeado. A empresa roda com uma frota de 33 coletivos.

“Se não tivesse o problema do diesel, a gente podia se dar até por satisfeito porque estamos indo para normalidade. O grande problema é como vai se comportar o diesel, que dificilmente retornará ao patamar inicial”, avalia. Segundo Guarnieri, atualmente a Expresso Azul opera com 94 a 95% da capacidade projetada do serviço.

“Infelizmente, inicialmente com a pandemia, a queda de passageiros foi muito bruta em todo o sistema, principalmente em linhas urbanas metropolitanas e em linhas de interior de curto percurso. Nessas linhas chegou a uma redução de 90%”, recorda.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

2 Comentários

  1. Não tem competência pra gerir um negócio pede pra sair, se a empresa entende que não dá renuncia ao contrato, pior que tá não fica, a gente só escuta reclamação, é ônibus lotado, é horários que não tem mais, é monopólio, etc, cai fora, e responsabilize se quem fez está licitação onde os interesses da população ficaram de lado.

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