Pesquisa aponta que suicídios cometidos no Rio Grande do Sul abrangem faixa etária de 7 até 101 anos

Período de 2017 a 2019 teve 4.107 ocorrências desse tipo no Estado


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Foto: EBC

Um levantamento realizado pela perita criminal Maria Cristina Franck, do Instituto-Geral de Perícias (IGP), aponta que os suicídios registrados no Rio Grande do Sul entre 2017 e 2019 tiveram como protagonistas pessoas de 7 a 101 anos. O total de ocorrências chegou a 4.107 no período, o que resulta na média de 11,8 para cada 100 mil habitantes a cada ano.

Além da idade, a pesquisa mapeou dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) referentes a gênero, raça, horário,região, dia da semana e até horário em que gaúchos e gaúchas tiraram a própria vida.

A maioria dos óbitos ocorridos dessa forma tiveram como segmentos predominantes o sexo masculino (79,8%), a raça branca (90,5%) e as faixas etárias de 55 a 59 anos (homens) e de 45 a 54 anos (mulheres). Se desconsiderado o sexo do suicida, os idosos (a partir de 60 anos) predominam, com 26,2 mortes por 100 mil habitantes/ano.

Por região

As áreas do Estado que apresentaram as médias mais elevadas de mortes autoinduzidas foram as regiões do Vale do Rio Pardo (21,6 para cada 100 mil) e Médio Alto Uruguai (19,5). Na análise por município, Venâncio Aires lidera a estatística (99,2).

Motivação

A depressão é a causa atribuída com maior freqüência aos suicídios no Rio Grande do Sul ao longo dos três anos pesquisados, figurando em 26% das ocorrências policiais. Em seguida aparecem problemas de relacionamento (7,2%) e de saúde (6%).

Outra razão mencionada é a ausência parental (falta de registro do nome do pai na certidão de nascimento), que aparece em 6% dos casos. Conforme a perita do IGP, ocorrências desse tipo foram frequentemente associadas às vítimas na faixa etária de 15 a 29 anos.

Antecedentes

O estudo também levou em conta se o cidadão possuía antecedentes criminais, seja como indiciado, acusado, autor, infrator, suspeito ou foragido. Essa condição aparece em 40,7% dos casos de 2017 a 2019. Dentre as vítimas com antecedentes criminais, observou-se um aumento de 2,7 vezes na chance de haver ausência parental comparando-se à presença de ambos os genitores na certidão de nascimento.

Fonte: O Sul

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