Pesquisadores encontram fóssil de gafanhoto com 300 milhões de anos

A peça é considerada um 'achado extremamente raro na Península Ibérica'


0
Fóssil de gafanhoto tem cerca de 300 milhões de anos (Foto: Universidade de Coimbra)

Um fóssil de gafanhoto com mais de 300 milhões de anos foi encontrado por pesquisadores na região de São Pedro da Cova, em Gondomar, Portugal . O achado considerado “extremamente raro” na Península Ibérica, segundo comunicado do pesquisador Pedro Correia, do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, estava em uma rocha.

De acordo com o pesquisador, o artigo científico que divulgou o achado, publicado nesta terça-feira (03) na revista Historical Biology, revela “um novo gênero e uma nova espécie para a ciência”, que recebeu o nome de “Lusitadischia sai”.

“O novo fóssil agora descrito para a ciência corresponde a um grupo de insetos saltadores primitivos que existiram no final do paleozoico” destacou Correia, esclarecendo que essa “superordem difundida e diversificada” permanece pouco conhecida na Península Ibérica, “devido à raridade dos registos até ao momento”.

Ainda de acordo com o estudioso esta diversidade, “representada por tão poucos registros”, mostra a dificuldade de se encontrar fósseis deste grupo na região, segundo Correia, destacando, entretanto, que isso não significa que estes e outros insetos não existiam de forma abundante, e de maneira diversificada, no entanto, as limitações dos registos é “um grande obstáculo” para as descobertas, afirma.

Há um limitado potencial de fossilização deste tipo de fauna pré-histórica na região, e também há uma dificuldade de encontrar e reconhecer estes achados que nem sempre estão preservados. O fóssil ‘Lusitadischia sai’ é o segundo registo da família Oedischiidae até então descoberto na Península Ibérica, o que “volta a demonstrar que a baixa diversidade demonstrada está subestimada”.

O nome da nova espécie é uma homenagem ao paleontólogo e professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Artur Sá, pelo seu “importante contributo na estratigrafia e paleontologia do Paleozoico inferior do sudoeste da Europa, norte de África e também na promoção e valorização do Património Geológico”, afirma o investigador.

Fonte: IG – Último Segundo 

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Por favor, coloque o seu nome aqui