Pesquisas realizadas pelo comitê de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontam que o atual mandatário da Casa Branca está atrás do rival Democrata, Joe Biden, nos chamados “swing states”, Estados decisivos na corrida presidencial americana. De acordo com fontes anônimas ouvidas pelo jornal The Washington Post, conselheiros de Trump apresentaram os resultados das pesquisas ao presidente na semana passada, a fim de encorajá-lo a diminuir o número de entrevistas coletivas sobre a pandemia do novo coronavírus, o que estaria prejudicando a imagem do presidente, na análise deles.
Na semana passada, Trump conversou com três conselheiros: o gerente sde sua campanha à reeleição, Brad Parscale, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e a presidente do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), Ronna McDaniel. Outros funcionários da Casa Branca também participaram das conversas, que aconteceram por meio de teleconferências e reuniões no final da semana passada.
Uma das teleconferências – realizada na quarta-feira da semana passada – foi projetada pelos assessores para apresentar os dados das pesquisas ao presidente. O objetivo seria encorajá-lo a reduzir a frequência das coletivas de imprensa sobre o novo coronavírus ou, pelo menos, parar de responder perguntas, segundo as fontes ouvidas pelo jornal. Os conselheiros teriam tomado a decisão depois de ver os números do presidente caírem por várias semanas.
Trump resistiu aos apelos, dizendo que as pessoas “amam” as entrevistas coletivas e pensam que ele está “lutando por elas”. A desconfiança do presidente com pesquisas que apresentam dados negativos sobre ele não é antiga, dizem assessores.
Fonte: Estadão