Zoila Muntané, artista plástica, tem cerca de 2.000 Barbies. Sua coleção inclui edições exclusivas e, agora, uma nova versão cadavérica dedicada ao Dia dos Mortos, que alguns criticam por monetizar a maior tradição cultural do México.
Com vestido rosa e enfeites típicos das comemorações de 1º e 2 de novembro, a segunda edição do famoso brinquedo “comemora o México, sua festa, seus símbolos e sua gente”, afirma a fabricante Mattel. É uma adaptação da “Catrina”, criada pelo cartunista José Guadalupe Posada em 1912.
Sociólogos afirmam, contudo, que essa Barbie transformada em um esqueleto elegante, com características da famosa pintora mexicana Frida Kahlo, é apenas mais um caso de “apropriação cultural” para fins comerciais.
A Barbie do Dia dos Mortos, que custa em torno de 72 dólares, usa neste ano um vestido de renda rosa. Em 2019, ela se vestiu de preto.
Considerado o festival mais representativo do México, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou o Dia dos Mortos Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em 2003.
Desde seu lançamento em 1959, Barbie vendeu mais de 1 bilhão de cópias de seus muitos estilos e profissões.
Fonte: Correio do Povo