Estas plantas são todas da mesma família as cucurbitáceas, mais o melão, melancia, abobora, pepino, gila e outras. Vamos abordar as do título.
PORONGO: (Lagenaria siceraria) dela fazemos o que chamamos de cuia, artesanatos diversos, garrafas, cachimbo, casa de passarinho e outros. A nossa cuia na verdade é um porongo e tem lá seus segredos no preparo desde o curtimento até entrar em uso. Bem do conhecimento do gaúcho. Me parece que no passado era muito procurado as cuias de tamanho grande para as rodas de chimarrão.
Com a pandemia começa a aumentar a procura de cuias pequenas para o consumo individual. Uns dos problemas das cuias é o aparecimento de mofo que termina estragando o chimarrão. A forma de secar de boca para baixo é um dos motivos, umidade e calor faz os fungos desenvolverem. Bom é secar no escorredor de copos ou semelhante. Mas, se aparecer duas boas dicas: secar com secador de cabelos aí não vai mofar. Se mofar colocar uma chaleira com água para ferver e no bico colocar a cuia para que os fungos morram. Secar depois.
Quanto ao cultivo quer um solo rico com matéria orgânica e esterco bem curtido. Uma das dificuldades é sua floração que se dá ao anoitecer até o início da manhã. Quem faz a polinização são mariposas, abelha com e sem ferrão, alguns besouros e o mamangava.
Insetos que estão dessa parecendo e a floração é de apenas 2,5%. Para melhorar é possível fazer com o dedo e algodão como se fosse um cotonete indo de flor em flor.
CUIA: (Crescentia cujestre) A verdadeira cuia não é desta família acima e sim da Bignoniácea em forma de árvore chamada de cuieira. Os argentinos e uruguaios usam as cuinhas para consumo individual. São trabalhadas com desenhos e ficam muito bonitas.
BUCHA: (Lufta aegyptiaca) trepadeira e pode ser plantada em cercas, latada, pergolado leva de 4 a 5 meses para completar seu ciclo. Quando seca é usado para uso em banho e limpeza. Trabalho artesanal com sabonetes e sabão caseiro fazem um produto com boa aceitação.
O que poucos sabem que o porongo e a bucha podem ser consumidas como alimento. A planta quando verde as pontas dos ramos e folhas, e os frutos jovens pode ser consumido como a “abobrinha” crua ou em saladas.
As flores consumidas como a da “abóbora “em saladas. As sementes podem ser torradas e ou salgadas como amendoim. Possível ser ainda consumido em sopas, conserva e fritos ou cozidos.
Quando madura não dá mais para consumir. É possível fazer suco dos frutos jovens inclusive há especies mais palatáveis. Não tenho ainda esta informação e é preciso fazer tentativas. Se for muito amargo desista. Se for alta a concentração de “cucurbirtacinas” se torna tóxica.
São planta que não gostam de frio e se inicia o plantio a partir de setembro fazendo boas covas.