Presidente da Asmevat discorda da retomada das aulas presenciais no dia 31 de agosto

“A decisão contraria todas as pesquisas e discussões realizadas em nível de educação, cuidados e prevenção”, afirma Rosicler Flach.


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A Associação dos Secretários Municipais de Educação do Vale do Taquari (Asmevat) entende que o retorno das atividades presenciais nas escolas do Rio Grande do Sul não deve ocorrer pela Educação Infantil.


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Foto: Natalia Ribeiro / Reprodução Arquivo

Em entrevista ao programa Redação no Ar desta sexta-feira (14), a presidente da Asmevat e secretária de Educação de Paverama, Rosicler Flach, relatou que ficou surpresa com a proposta do governo do Estado, que prevê retomada escalonada, a partir de (31), iniciando pela Educação Infantil. “A decisão contraria todas as pesquisas e discussões realizadas em nível de educação, cuidados e prevenção”, avalia. Durante a assembleia realizada desta quinta-feira (13), a Associação dos Secretários Municipais de Educação do Vale do Taquari (Asmevat) apresentou uma contraproposta.

Amvat, Asmevat e outros órgãos engajados na questão da educação pública do RS, entendem que o contexto atual não permite o retorno das atividades presenciais de ensino. “Somos contrários ao retorno pela educação infantil”, reitera a presidente. No entendimento da entidade, as crianças de 0 a 3 anos não devem retornar em 2020 ou até que exista uma vacina, visando a saúde e bem estar de alunos, professores e profissionais que atuam na edução.

Flach ressaltou as dificuldades enfrentadas pelos professores, que além das questões pedagógicas contornam outros contratempos, como sinal de internet ou telefonia.

De acordo com a secretária, dois documentos são os “legalizadores”, o decreto do Distanciamento Controlado, que deve ser cumprido integralmente e a Portaria Conjunta, que foi elaborada entre as Secretarias de Educação e da Saúde do Estado. Flach explica que a portaria contempla os Centros de Operações de Emergência (COE), que são de níveis regionais, municipais e locais. Com isso, existe a possibilidade de elaborar os planos de contingência de cada escola. “É tudo muito especifico”, relata.

Na visão da educadora, é fundamental que equipes técnicas e pessoas que atuam no dia-a dia escolar opinem sobre a projeção de um retorno às atividades escolares. A proposta do governo do Estado de retomar as aulas presenciais no dia 31 de agosto foi recebida com preocupação.


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