Primeiro-ministro Boris Johnson enfrentará voto de desconfiança no Parlamento

Se 180 parlamentares conservadores – maioria simples – votarem contra Johnson, ele perderá a liderança do partido e será forçado a deixar o cargo de premiê


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Foto: Twitter de Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, enfrentará um voto de desconfiança nesta segunda-feira (6), desencadeado por legisladores descontentes em seu próprio partido. Sir Graham Brady, presidente do Comitê de 1922, disse em comunicado que o número de parlamentares do Partido Conservador pedindo a votação atingiu o limite necessário, de 54 legisladores. A votação está prevista para acontecer entre 18h e 20h do horário local (entre 14h e 16h, no horário de Brasília).

Se 180 parlamentares conservadores – maioria simples – votarem contra Johnson, ele perderá a liderança do partido e será forçado a deixar o cargo de premiê, menos de três anos após vencer uma eleição geral de forma esmagadora.

A liderança de Johnson foi abalada pelo chamado escândalo “Partygate”, com meses de alegações de festas e reuniões na sede de seu governo durante vários estágios de lockdown durante a pandemia, corroendo a confiança da população. O premiê também foi criticado por sua resposta à alta inflação.

Os índices de aprovação do primeiro-ministro têm caído, com sentimento crescente entre algumas partes de seu Partido Conservador de que Johnson está se tornando passivo aos problemas. O partido enfrenta duas difíceis eleições parlamentares no fim deste mês.

Sob as regras do Partido Conservador, se os parlamentares querem se livrar de seu líder, enviam uma carta confidencial de desconfiança ao presidente do Comitê de 1922, um grupo de legisladores de bancada que não ocupam cargos no governo.

O processo é secreto– as cartas são mantidas sob sigilo e o presidente, Graham Brady, não revela o número exato de quantas foram entregues. Quando 15% dos legisladores conservadores enviaram cartas, um voto de desconfiança é desencadeado entre todos os legisladores conservadores.

Fonte: CNN

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