Procuradoria do Peru investiga Keiko Fujimori por áudios sobre suspeita de suborno na eleição

Ex-assessor teria proposto subornar integrantes de tribunal eleitoral para interferir nas eleições presidenciais. Um mês depois, resultado ainda não foi proclamado. Pedro Castillo obteve mais votos, mas Keiko ainda não reconheceu a derrota


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Keiko Fujimori, candidata à presidência do Peru, fala com jornalistas ao chegar a tribunal em Lima nesta segunda-feira (21) (Foto: Angela Ponce/Reuters)

Um procurador dedicado a casos de corrupção no Peru iniciou nesta segunda-feira (5) uma investigação sobre Keiko Fujimori por supostas ligações com o ex-assessor de Inteligência do país Vladimiro Montesinos, hoje preso. Ele, segundo áudios divulgados, teria tentado subornar membros do tribunal eleitoral do país para favorecer a candidata de direita nas eleições.

Fujimori, que falou sobre a investigação no Twitter, disse que não tem relação com o caso das conversas telefônicas de Montesinos, um novo tema controverso e que se soma ao intrincado processo eleitoral peruano, que ainda não tem os resultados oficiais sobre quem será o próximo governante quase um mês depois de sua realização.

Para declarar o vencedor das eleições, que segundo a contagem de votos é o socialista Pedro Castillo, o tribunal eleitoral deve resolver antes todos os pedidos de impugnação, a maioria deles apresentados sem grandes provas por Fujimori.

Segundo áudios divulgados recentemente pela imprensa local, Montesinos, que foi um colaborador muito próximo do ex-presidente Alberto Fujimori, pai de Keiko, propôs de dentro da prisão subornar três membros do tribunal eleitoral para reverter as eleições.

“O procurador que já pediu minha prisão quatro vezes volta ao ataque abrindo investigação pelos áudios armados por Montesinos e seus amigos me acusando de lavagem de dinheiro”, disse Keiko Fujimori em um tuíte. “E me envolvendo por conversas com gente que não tem nenhuma relação comigo”.

O procurador é José Pérez, que apresentou acusações contra Fujimori por um caso no qual ela é acusada de receber US$ 1,2 milhão da construtora brasileira Odebrecht para suas campanhas políticas entre 2011 e 2016. A Justiça acabou rejeitando o pedido.

Fonte: G1

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