Projeto de cicloturismo visa interligar rotas entre municípios do Vale do Taquari

Região escolheu a proposta do cicloturismo para receber os recursos da Consulta Popular de 2021. Próximo passo é estabelecer ações práticas do projeto


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Alguns dos integrantes do Vale Ciclismo (Foto: Divulgação)

O Vale do Taquari escolheu a proposta do cicloturismo para receber os recursos da Consulta Popular de 2021. Ao todo, foram 2.615 votos válidos no processo deste ano, sendo que a proposta vencedora recebeu 1.674 votos. O resultado foi divulgado na noite da última sexta-feira (17). O projeto vencedor será contemplado no orçamento do Governo do Estado em 2022 com R$ 942.857. Conforme o diretor do Vale Ciclismo e coordenador de esportes da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) de Lajeado, Fabricio Meneghini, o próximo passo é estabelecer de que forma o projeto será aplicado na prática, sendo que a ideia, é fazer uma rota que interligue todos os municípios do Vale do Taquari.


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A indicação, que já havia sido a mais curtida na primeira fase do processo – em que o projeto com mais apoio foi direto para a cédula de votação -, foi feita pelo presidente da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Leandro Arenhardt, que foi o responsável pela adesão da população ao tema, segundo Meneghini. “Fizeram toda frente, puxaram a campanha e fizeram o pessoal votar nele. Nós, como ciclistas, apoiamos e compramos a ideia, algo que foi muito importante para região ter esse apoio e aumentar cada vez mais essa parte de turismo”, relata.

O próximo passo, agora, é reunir integrantes de grupos da região com a Amturvales para tratar do tema. “Um projeto regional para integrar pontos turísticos da região. Tu vai sair de Lajeado, pode ir a Encantado, Guaporé, mas tu vai sair da cidade e saber por onde ir até determinado ponto em outra cidade. Então essa é ideia para atrair turistas para o ciclismo na nossa região”, explica Meneghini. O objetivo principal é garantir a segurança dos ciclistas e sinalizar os trajetos. “Ter um aplicativo, algum mapa, alguma coisa, interligando pontos turísticos, nossa região tem muitas coisas bonitas.”

Diretor do Vale Ciclismo e coordenador de esportes da Secel de Lajeado, Fabricio Meneghini (Foto: Gabriela Hautrive)

O diretor do Cicloturismo entende que a região não tem uma estrutura mínima para os ciclistas, que hoje precisam dividir os espaços com os carros e demais veículos. “A gente adora andar, pelo asfalto, estradas de chão, mas estrutura não tem nenhuma. Acho que só em Teutônia e Westfália tem uma ciclovia que é um pouco maior, é um espaço bom de andar, mas fora a isso não tem nada”, comenta.

A respeito da Consulta Popular, o valor disponibilizado no orçamento do Governo do Estado no próximo ano será de R$ 30 milhões para as 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). A verba é distribuída de acordo com critérios como a população de cada região e o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese).

Dificuldades no sistema de votação

Com baixa adesão da população, precisou ser prorrogado até o dia 15 de dezembro o prazo para a votação da Consulta Popular do Rio Grande do Sul. A medida atendia um pedido feito pelo fórum dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) na busca de aumentar a participação das pessoas na escolha das prioridades para receber investimentos estaduais. O processo teve início no dia 22 de novembro e se encerraria no dia 30, caso não fosse prorrogado, mudando então para o dia 15 de dezembro.

Segundo o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco, o Governo do Estado liberou duas parciais da votação que mostraram a baixa adesão da população. Neste ano, a Consulta Popular aconteceu apenas de forma online, seja pelo site da Consulta Popular ou pelo aplicativo Colab. Porém, o aplicativo estava apresentando muitos problemas. “Eram exigidas muitas informações para que o cidadão se habilita-se a chegar na parte final para votar, e nós vínhamos durante a semana pedindo para que melhorassem o processo”, explicou Moresco.

Texto: Gabriela Hautrive
reportagem@independente.com.br

 

 

 

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