Após reunião para debater os efeitos da enchente, ficou acertado que a Prefeitura de Lajeado contratará um estudo hidrológico sobre o impacto das cheias no Bairro Carneiros. Ainda não há um prazo estipulado para isso. Até que o levantamento técnico seja feito, não devem ser permitidas movimentações de terras e construções na região. A informação é do promotor de Justiça Sérgio Diefenbach, que detalhou as tratativas em entrevista nesta quarta-feira (3) ao programa “Troca de Ideias” da Rádio Independente.
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O integrante do Ministério Público diz que a situação é peculiar. Ele analisa que o município ficou pequeno territorialmente com as emancipações que ocorreram. Dessa forma, Lajeado permaneceu com poucas áreas rurais. Com a mudança do plano diretor, o Bairro Carneiros passa a ser uma área urbana e urbanizável. Porém, ainda tem partes alagáveis nas cheias do Rio Taquari.
“Normalmente, vemos casos de enchente já com a cidade instalada na área alagada. Ai fica sempre aquele empenho de remediar uma situação já posta. Nesse caso, temos a riqueza de se planejar antes que a situação aconteça”, argumenta o promotor.
Ele diz que já havia pedido parecer de engenheiros sobre a situação antes mesmo da maior do Rio Taquari em 64 anos, em 2020. Na madrugada de 9 de julho, foi registrada a marca de 27,39 metros em Estrela. Diefenbach ressalta a necessidade de se refazer um estudo de cotas do Rio Taquari.
Texto: Tiago Silva
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