Qualificação profissional, inovação e tecnologia pautam segunda noite da Semana Acadêmica do Colégio Teutônia

Evento encerra hoje com a apresentação dos trabalhos de conclusão de curso destaques da Educação Profissional


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Na noite de quarta-feira (22) teve continuidade a programação da Semana Acadêmica do Colégio Teutônia. O evento contou com painel “Cenário da qualificação profissional”, dirigido aos estudantes dos cursos técnicos de Administração, Eletrotécnica e Eletromecânica, reunidos no miniauditório; e palestra “Tecnologia e inovação na agropecuária”, para estudantes do Técnico em Agropecuária, no Auditório Central.

O encerramento da programação será hoje à noite, com a apresentação dos trabalhos de conclusão de curso destaques da Educação Profissional do CT.

Qualificação profissional como essencial

A contadora Ariete Mocellin, controller na Hassmann S.A., e o doutor em Administração Maciel Prediger, gerente de desenvolvimento organizacional na Gota Limpa, apresentaram o painel “Cenário da qualificação profissional”.

“Vejo que a oferta de qualificação aumentou muito nos últimos anos, mas a procura por parte dos profissionais para se qualificarem ainda está aquém do ideal para as empresas. Não podemos obrigar os colaboradores, então buscamos incentivá-los, mostrando todas as oportunidades que eles podem vir a ter com uma formação/qualificação”, frisou Ariete.

Para Prediger, “a qualificação profissional, aperfeiçoamento dos conhecimentos e experiências que a pessoa desenvolve no seu trabalho e nos cursos que participa, é um ‘caminho sem volta’ para qualquer profissional que queira se destacar num mercado de trabalho cada vez mais competitivo”.

O processo contínuo de aprendizagem também foi valorizado pela contadora como diferencial para ingressar e se manter no mercado de trabalho. “Ser curioso e nunca parar de aprender, buscar coisas novas, questionar e transformar esse conhecimento em algo que possa gerar valor para si mesmo e à empresa”, disse Ariete. Ela ainda trouxe algumas dicas, como coragem para arriscar, viver experiências novas, sair da zona de conforto. “Uma profissão, muitos têm; mas só quem sabe o que quer, quem se prepara e se dedica, tem uma carreira.”

Contadora Ariete Mocellin

Nessa mesma linha, Prediger mencionou o equilíbrio de diferentes habilidades, como capacidade de comunicação, resolução de conflitos, resiliência, senso de dono e liderança, capacidade analítica, somadas à qualificação profissional. Também defendeu essa qualificação da mão de obra como vantagem competitiva para as empresas. “Independente do tamanho da empresa, essa estratégia passa pelos profissionais que nela trabalham. Sendo assim, as organizações buscam profissionais que, além de desempenharem determinadas funções, tenham competências para contribuir com a estratégia da empresa.”

Sobre demandas de mercado, Ariete falou da necessidade na empresa em que atua, cuja maior demanda é por profissionais com formação técnica em Mecânica e cursos na área.

“Falando de modo geral, certamente os profissionais da área de Tecnologia estão ‘surfando a onda’, em um mundo cada vez mais tecnológico, onde inteligência artificial, automação e conectividade são palavras de ordem. Profissionais dessa área podem escolher onde e como trabalhar. Além disso, as empresas procuram profissionais conectados com os propósitos da organização, que tenham motivação além dos salários e benefícios, que tenham uma visão clara da importância do seu trabalho para o resultado. Estudar é o começo de tudo, buscar experiências em programas de estágio e trainee também são uma dica valiosa, além de procurar conhecer as empresas da região.”

Tecnologia, sinônimo de produtividade e redução de custos

Na palestra “Tecnologia e inovação na agropecuária”, o agrônomo Vinícius Cunha, gerente de Agronomia da AGCO, e o especialista em agronegócios e marketing, Werner Santos, consultor estratégico da AGCO do Brasil, avaliaram que tecnologia e inovação são uma realidade no atual cenário agropecuário.

“O setor de carnes representa o segundo maior volume de exportação do agro brasileiro, depois da soja, e entendemos que a produção agropecuária ainda dispõe de muita oportunidade de crescimento. Especialmente na região do Vale do Taquari, que já é líder na introdução de várias tecnologias, temos muito a acrescentar com a introdução de tecnologias como piloto automático para tratores de menor porte e a parte de fenação”, frisou Santos.

O uso de tecnologia também foi atrelado à melhoria da qualidade de vida das famílias do campo, uma oportunidade de acréscimo nos volumes produtivos e redução de custos de produção. Nesse contexto também estão ferramentas do agro digital e o investimento em formação. “A educação é fundamental, pois entendemos que a tecnologia está trazendo e/ou estimulando a permanência dos jovens nas propriedades rurais”, concluiu Santos. AI/VM


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