Quem não se incomoda, se acomoda 

Como podemos mudar nossas vidas através de estímulos?


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Foto: Divulgação

Na década de 1980, um menino de 6 anos foi diagnosticado com a doença ALD (andrenoleucodistrofia), doença rara que afeta severamente o sistema neurológico. Os médicos disseram aos pais do menino que ele teria expectativas de vida de mais, apenas, dois anos. Disseram também que em um ano ele perderia a visão, a fala e estaria paralisado. Naquele momento, os pais do menino estavam diante da notícia mais difícil de suas vidas. Perguntaram aos médicos se havia tratamento ou terapia que pudesse curar seu filho. Escutaram que, por se tratar de uma doença rara, não havia medicação para combater a doença em função de não valer a pena economicamente.


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Naquele momento, os pais do Lorenzo tiveram que tomar uma decisão. Ou aceitariam a situação, ou mudariam a situação. Os pais começaram estudos e pesquisas sobre a doença. Quando tinham um conhecimento básico, promoveram o 1º Simpósio Internacional de ALD, reunindo especialistas do mundo todo para buscar alguma medicação ou terapia que pudesse prolongar ou salvar a vida de seu filho. Esse passo foi fundamental para chegarem até a primeira medicação contra ALD, feito a base do óleo das oliveiras. O medicamento combate os primeiros sintomas da doença e também é conhecido como Óleo de Lorenzo (não cura a doença, mas minimiza os primeiros sintomas). O resultado foi que o menino Lorenzo viveu até os 30 anos de idade, ao invés dos 8 anos previstos pelos médicos.

Conto essa história para mostrar que pessoas inconformadas podem mudar a realidade. As grandes mudanças que ocorreram no mundo foram por pessoas incomodadas com algo e resolveram mudar. Como diria o grande jargão popular, “quem não se incomoda, se acomoda”. Existem muitas pessoas que se dizem em uma zona de conforto, mas, na verdade, já desistiram de mudar. Outras estão dispostas a correr atrás dos seus sonhos e objetivos, construindo uma realidade diferente, mas próxima da realidade idealizada. Espero que nós, que queremos um país melhor, não estejamos acomodados esperando as coisas acontecerem. Espero que nós façamos as coisas acontecerem. Quem sabe assim, deixaremos um legado que dê orgulho aos nossos filhos e nossos netos. Forte abraço e até a vitória, sempre.

Gustavo Bozetti (@gustavobozetti), diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS

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