O regime de Nicolás Maduro disse que interceptou uma incursão marítima de “terroristas mercenários” que tentavam entrar no país a bordo de lanchas, vindos da Colômbia.
A oposição considerou o caso uma encenação, para desviar o foco de outros problemas.
Segundo o governo, um grupo chegou na manhã de domingo (2) à costa de La Guaira, a 32 km de Caracas.
“Eles tentaram fazer uma invasão pelo mar. Era um grupo de mercenários terroristas da Colômbia, com a intenção de cometer atos terroristas no país e matar líderes do governo revolucionário”, disse Nestor Reverol, ministro do Interior, em um discurso na TV.
Segundo ele, essas ações seriam uma forma de ampliar a violência, gerar caos e, assim, criar condições para um golpe de Estado.
O governo disse que oito pessoas foram mortas na operação, e duas, presas. Afirmou também que uma das lanchas afundou, e que barcos militares fazem buscas por sobreviventes na costa.
Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Constituinte, governista, disse que um dos mortos é Roberto Colina, apelidado de Pantera e ligado ao general da reserva Cliver Alcalá Cordones.
O militar é acusado pelos EUA de narcoterrorismo. Cordones rompeu com Maduro em 2013 e depois passou a apoiar o líder opositor Juan Guaidó.
O regime Maduro acusou Cordones de tentar introduzir no país um arsenal de armas apreendido na Colômbia em março, com a suposta participação de Guaidó, que negou as acusações.
Fonte: Folha de SP