Reino Unido inicia nova abordagem de teste em massa de Covid-19 em Liverpool

Todos os moradores da cidade, com ou sem sintomas, serão testados. O primeiro-ministro Boris Johnson destacou que este tipo de teste em massa pode ser uma nova e poderosa arma na nossa luta contra a Covid-19.


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15 de outubro - Pessoas em vagão de metrô durante a hora do rush em Londres, em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no Reino Unido (Foto: Hannah McKay/Reuters)

O Reino Unido lançará um programa piloto de testes em massa de Covid-19 na cidade de Liverpool, uma das mais afetadas pelo coronavírus. Todos os moradores, com ou sem sintomas, serão testados. O anúncio foi feito nesta terça-feira (3).

A operação começará na sexta-feira (6), um dia depois do início do segundo confinamento na Inglaterra, com duração prevista de quatro semanas.

Os moradores de Liverpool terão acesso a diferentes tipos de testes, que podem ser feitos em casa, ou em hospitais, assim como em casas de repouso, escolas e locais de trabalho. Os exames incluem um tipo particularmente rápido que indicará os resultados em uma hora, sem a necessidade de laboratório.

“Os testes ajudarão a identificar as milhares de pessoas na cidade que não têm sintomas, mas que podem infectar outras sem saber”, anunciou o primeiro-ministro Boris Johnson em um comunicado.

“Com base no sucesso em Liverpool, nos propomos a distribuir milhões dos novos testes rápidos antes do Natal e a capacitar as comunidades locais para que as utilizem para reduzir a transmissão em suas zonas”, completou.

Muito criticado por sua gestão da pandemia e sob pressão das autoridades locais para estabelecer um plano de flexibilização do confinamento, previsto para o início de dezembro, Johnson destacou que “este tipo de teste em massa pode ser uma nova e poderosa arma em nossa luta contra a Covid-19”.

Na opinião de Alexander Edwards, professor de Tecnologia Biomédica na Universidade de Reading, as autoridades devem ter “prudência ao afirmar que uma testagem em massa transformará a situação em que estamos”.

“Os testes só podem reduzir as infecções, se evitarem que os positivos propaguem ainda mais o vírus. Para isto, é essencial dar apoio às pessoas para que entrem em quarentena, caso tenham o vírus, ou tenham estado em contato com alguém que o tenha”, explica.
País mais afetado da Europa pela pandemia, o Reino Unido registra quase 47.000 mortes e mais de um milhão de casos desde o início do ano.

Fonte: G1

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