Saber lutar é saber viver. Escolher as nossas brigas é um gesto de sabedoria e garantia de sucesso pleno

Confira o quadro Direto ao Ponto desta quarta-feira, com a participação do diretor da Fundação Napoleon Hill e do MasterMind RS, Gustavo Bozetti.


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Gustavo Bozetti, diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS (Foto: Arquivo / Artur Dullius)

Em 280 a.C. iniciou uma série de conflitos no sul da Itália entre complexas e mutáveis alianças políticas que tinham, no centro, os povos italianos e cartagineses contra os povos da Grécia Antiga. O rei de Epiro chamava-se Pirro e esse ficou famoso por fazer fortes enfrentamentos aos romanos. Após uma das primeiras sangrentas batalhas em território italiano, o exército de Pirro saiu como vencedor, porém grande parte dos seus mais de 40 mil soldados foram abatidos, entre eles, soldados do mais alto nível hierárquico e da mais profunda confiança do Rei Pirro.


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Foi quando um soldado de Pirro se aproximou em tom de comemoração que Pirro lançou a frase que entraria para a história, dizendo: – “se formos vitoriosos em mais uma batalha contra os romanos, estaremos completamente arruinados”. Essas batalhas tiveram como consequência o fortalecimento do exército romano para, posteriormente, encarar as Guerras Púnicas, entre 264 e 241 a.C.

A celebre frase de Pirro deu origem a expressão “Vitória Pírrica”, usada até hoje para nomear batalhas, guerras, brigas, conflitos e discussões que podem ter um preço muito elevado a ser pago.

A cada dia que passa, vemos mais pessoas demonstrando imaturidade ao comprar brigas que não valem a pena. Profissionais com os mais altos cargos não sabendo escolher quais são os conflitos que merecem esforço e dedicação extrema, perdendo grandes oportunidades de colher ótimos resultados para a empresa. Relações de amizade que foram construídas ao longo de uma vida toda sendo postas a prova por causa de chacota de time de futebol. Vemos pessoas entrando em debates pelas redes sociais que não levarão a nada.

Escolher bem quais são as brigas que devemos entrar é um gesto de sabedoria. Existem brigas que não podemos perder. Nessas, devemos entrar com toda a nossa força. Porém existem derrotas que merecem ser comemoradas, pois entrar naquela briga poderia deixar um prejuízo imenso em nossas vidas, não apenas financeiros, mas sequelas emocionais irreversíveis.

Outro dia, enquanto assistia a uma partida de futebol amador, observei amigos de uma vida toda se digladiando dentro de campo. Palavrões e ofensas sendo proferidas como se o mundo fosse acabar dentro das quatro linhas. No meu ponto de vista, esse é um exemplo clássico de conflito que não vale a pena entrar. Há vida depois do jogo. Por vergonha, amigos acabam atravessando a rua ressentidos do que fizeram dentro de campo. O mesmo acontece em nossas casas, quando um conflito gigante é desencadeado após uma toalha não ser estendida após o banho. Um profissional de mão cheia demitido por uma pequena falha que é avaliada fora de um contexto mais amplo. Uma família se perdendo por causa de uma palavra mal colocada. Enfim, saber lutar é saber viver.

Muitas vezes, é melhor abrir mão da razão para sermos felizes. Forte abraço e até a vitória, sempre.

Gustavo Bozetti (@gustavobozetti), diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RSi

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