Se digitalização não tivesse avançada, Detran-RS teria um milhão de documentos queimados, afirma Bacci

“Cerca de 90 mil processos físicos acabaram queimando”, destaca diretor-geral do departamento. “O que não for possível recuperar, não vai trazer nenhum prejuízo ao cidadão”, tranquiliza 


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Foto: Detran-RS / Divulgação

O diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS), Enio Bacci, destacou que a perda de documentos do departamento com o incêndio do prédio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) só não foi maior em função do alto grau de digitalização que a autarquia encontra-se. “Nós não teríamos 90 mil, mas um milhão de documentos queimados”, calcula.


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“O prejuízo material é imenso. Vai desde a estrutura física do Detran, como computadores e documentos, até questões pessoais, como funcionários que perderam documentos e objetos pessoas que estavam em suas gavetas”, lembra ele, para quem a causa do incêndio foi um problema no sistema elétrico. “É uma tragédia de tamanho incalculável, primeiro porque se perdeu a vida de dois valorosos bombeiros tentando salvar pessoas, porque não se sabia se tinha alguém dentro do prédio e também tentando debelar o incêndio”, comenta.

De acordo com Bacci, as chamas queimaram diversos objetos e documentos, mas não comprometeram o trabalho e a prestação de serviços para as pessoas. “O único problema que estamos enfrentando é que o que tinha lá em papel queimou”, aponta. “Cerca de 90 mil processos físicos acabaram queimando, e agora temos que fazer a recuperação do que for possível. Tem processos que estavam na fase inicial; outros já concluídos”, detalha. “O que não for possível recuperar, não vai trazer nenhum prejuízo ao cidadão, que não tem culpa dessa tragédia”, Bacci comenta.

“Assim que tivermos esse inventário pronto, caso a caso, vamos trabalhar na tentativa de recuperar o que for possível e aqueles que não for possível, vamos arquivá-los. Claro, isso depende de um parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Estado (PGE)”, pondera.

O Detran-RS atualmente está atendendo em um andar do prédio da Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs), ao lado do Centro Administrativo do Estado. “Temos um local apropriado, um andar praticamente inteiro”, destaca Bacci. O departamento, que já tinha um contingente de funcionários em home office, deve aumentar agora.

Segundo o diretor, ainda não está definido para onde o departamento de trânsito do RS irá no futuro. Porém, o governador Eduardo Leite já manifestou interesse em manter juntos as estruturas do Detran-RS, do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

 

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