As restrições impostas pelo novo coronavírus afundaram a economia mundial, mas o setor estético no Brasil – líder em cirurgias plásticas – ultrapassou o abismo graças ao desejo de muitas pessoas de aproveitar a quarentena para melhorar a aparência.
A busca por mudanças físicas funciona como um “paliativo” em momentos de grande incerteza, segundo Henriette Morato, doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Embora, a maioria das clínicas relatem aumento na quantidade de seus procedimentos, o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Denis Calazans, alerta que para o setor “2020 foi um ano difícil, não foi um mar de rosas”.
“Está sendo um ano atípico, os números vão ficar aquém do que a gente observa em anos pré-pandemia”, ressalta Calazans, que destaca que algumas clínicas que propõem intervenções simples conseguiram se manter com mais facilidade. Além disso, o teletrabalho e as economias proporcionadas por estar em casa motivaram muitos a “investir em si mesmos”, acrescenta.
Um dos desafios do setor foi garantir a importação de próteses mamárias, conta. O Brasil é líder mundial em cirurgias plásticas (13,1% do total), segundo números da International Society for Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS, por sua sigla em inglês), divulgados em 2019.
Na categoria de procedimentos não cirúrgicos, apesar da explosão de 2019 (+39,3%), o país continua somente atrás dos Estados Unidos.
Fonte: Correio do Povo