Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado critica projeto aprovado por vereadores

Proposta inclui o conteúdo de cultura tradicionalista nas aulas; em nota, o SPML diz que o projeto não possui utilidade alguma e demonstra preocupação acerca de parlamentares elaborarem currículo escolar, sem participação de educadores


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Foto: Ilustrativa / Pixabay

O Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado (SPML) publicou uma nota na tarde desta quarta-feira (15) sendo contra a aprovação de um dos projetos de lei aprovado na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (14). A proposta, de autoria de dois parlamentares da base do governo, Mozart Lopes (PP) e Deolí Gräff (PP), inclui o conteúdo de cultura tradicionalista nas aulas das escolas municipais.

No texto, o SPML afirma que o projeto não possui utilidade alguma e lembra que no mês de setembro, basta passar em frente de qualquer escola, seja de Ensino Fundamental ou Educação Infantil, é possível perceber a presença dos elementos da tradição gaúcha e que o estado do Rio Grande do Sul, em todos os seus aspectos, é conteúdo do quinto ano em todas as escolas do município.

O comunicado também critica a não participação de professores na elaboração deste projeto. Um trecho diz: “nos preocupa, no entanto, que alterações no currículo das escolas, sejam elaboradas por pessoas estranhas à área, discutidas de forma superficial e aprovadas sem a participação das e dos educadores, ignorando os princípios da construção democrática da Educação contidos na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996”.

Por fim, o texto reforça que o sindicato não é contra os festejos do mês de setembro ou o tradicionalismo gaúcho, mas defendem a autonomia das escolas e o debate amplo e democrático.

A proposta foi aprovada por todos os vereadores. Contudo, Joves Vavá (MDB) e Carlos Eduardo Ranzi (MDB) demonstraram preocupação acerca da matéria. Ranzi chegou a pedir vista – mais tempo para análise -, mas não foi aceito devido sete votos contrários de Ana da Apama (MDB), Alex Schmitt (PP), Deolí Gräff (PP), Mozart Lopes (PP), Paula Thomas (PSDB), Rodrigo Conte (PSB) e Nestor da ambulância (PSDB), que derrubaram seu pedido.

Texto: Caroline Silva
jornalismo@independente.com.br

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