A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em novembro um medicamento para tratamento da depressão resistente e para o tratamento da ideação suicida ou crise suicida. A escetamina foi desenvolvida pela empresa farmacêutica norte-americana e já é aprovada e utilizada nos EUA com resultados promissores.
Em participação no programa Direto Ao Ponto, o médico psiquiatra Rafael Moreno explicou como funciona a medicação. Ele disse que, no Brasil, não havia tratamento medicamentoso específico até então. “É um grande avanço que a gente está conseguindo para o tratamento do comportamento suicida no Brasil”, afirma.
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A escetamina é um spray nasal e deve estar disponível nos hospitais do país a partir de fevereiro, projeta Moreno. A princípio, não é um medicamento que deve ser incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O spray precisa ser aplicado com o acompanhamento médico, em função dos efeitos colaterais. Quem tem hipertensão ou já sofreu infarto ou acidente vascular cerebral não pode aplicar.
Conforme explica o psiquiatra, o tratamento conta com aplicação de duas vezes por semana, por quatro semanas. Após isso, o tratamento vai sendo mais espaçado. Junto com a escetamina, o paciente deve tomar um fármaco para depressão.