Antes mesmo da conclusão da apuração dos votos, a eleição presidencial americana deste ano já tem a maior participação popular, em relação à população em idade de votar, desde 1964.
Já são mais de 156,5 milhões de votos contabilizados até a manhã desta sexta-feira (27), segundo a agência de notícias Associated Press.
Os Estados Unidos têm atualmente 257,6 milhões de habitantes em idade de votar, segundo o “Projeto Eleições”, da Universidade da Flórida, que acompanha a disputa presidencial americana. O voto no país não é obrigatório.
Assim, mais de 60,8% dos americanos compareceram às urnas neste ano, o maior nível de participação em 56 anos (ou 14 disputas presidenciais).
Os dados da população com idade para votar são do “Projeto Presidência Americana”, da Universidade da Califórnia.
Em 1964, quando o democrata Lyndon Johnson derrotou o republicano Barry Goldwater, 61,4% dos americanos com aptos para votar foram às urnas, segundo o projeto.
A pior participação popular registrada desde então foi em 1996, quando o democrata Bill Clinton se reelegeu contra o republicano Bob Dole. Só 49% dos americanos com idade para votar foram às urnas.
Trump x Biden
Apesar de a apuração oficial deste ano ainda não ter terminado, Joe Biden foi declarado vencedor pela imprensa americana no dia 7. O democrata será o 46º presidente americano.
Mas o republicano Donald Trump, que tentava se reeleger, até agora não reconheceu a derrota e tem recorrido a uma série de contestações judiciais para tentar mudar o resultado da eleição.
Sem apresentar provas, ele reclama de uma suposta fraude na apuração de estados decisivos. Mas, até agora, nenhuma autoridade reportou qualquer irregularidade na contagem dos votos.
Joe Biden recebeu 80.063.589 votos até o momento, a maior votação já recebida por um candidato a presidente na história dos EUA. Ele passou a marca de 80 milhões de votos na noite de terça-feira (24).
O recorde anterior era do também democrata Barack Obama, que em sua primeira eleição recebeu 69.498.516 votos. Biden foi vice de Obama durante os oito anos de governo (2008-2016).
Fonte: G1