Mesmo o governo do Estado decretando a retomada das aulas presenciais da rede estadual para a próxima terça-feira (20), dois municípios do Vale do Taquari decidiram não retornar com as atividades nas escolas públicas e privadas neste ano. Progresso e Tabaí publicaram decretos com essas definições. De acordo com o 8º Núcleo do Cpers, são as únicas cidades da região que optaram por permanecer com as escolas fechadas em 2020.
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A Prefeitura de Progresso publicou um decreto no dia 2 de outubro que diz que o retorno não ocorrerá em 2020 na rede de ensino pública e privada. A secretária de Educação e Cultura do município, Marli Zanata, diz que houve uma conversa com os pais e se percebeu uma grande preocupação e insegurança com a possibilidade da volta das atividades. “Nos reunimos com o Conselho Municipal de Educação diversas vezes, conversamos com pais, professores, e com o pessoal da saúde, e decidimos que não poderia haver esse retorno presencial”, comenta.
A secretária diz que as aulas remotas tem funcionado positivamente, atingindo uma totalidade de 100%. “No próximo ano iremos reorganizar os conteúdos para preencher a lacuna deixada nesse período de pandemia”, informa Marli.
Seguindo na mesma linha, na terça-feira (13) o município de Tabaí também publicou decreto semelhante ao de Progresso, decidindo não retornar com as atividades presenciais. A coordenadora de Educação do município, Tânia Cardoso, diz que a decisão ocorreu neste mês em conjunto com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). “Desde o primeiro momento da suspensão do ano letivo fizemos uma projeção mensal para retorno, junto com o Conselho Municipal, mas no momento que tivemos um surto em Tabaí, determinamos que não voltaríamos”, explica a coordenadora.
Em entrevista a Rádio Independente na manhã desta quinta-feira (15), o prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, disse que não há previsão para a retomada das aulas neste ano, embora não haja decreto publicado. Em setembro, a Amvat decidiu dar autonomia aos municípios no que se refere ao retorno das aulas. A decisão vale tanto para a rede pública como para privada.
Texto: Caroline Silva
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