Habitada por cerca de 200 moradores a bucólica localidade chama a atenção pelas belezas naturais como o Morro da Cabrita e o povo simples, trabalhador e acolhedor, que convive em espírito comunitário. Principalmente quando se envolvem com as atividades da Escola Estadual Júlio de Castilhos.
A professora Elisete Cardoso dos Santos relata que em 1760 começaram a chegar, onde hoje é o município de Taquari, os primeiros casais açorianos para dar início a colonização daquelas terras. Não se tem uma data exata da fundação do povoado Júlio de Castilhos mas pelos relatos dos moradores mais antigos e pelas lápides no cemitério local essa comunidade começou a se formar no início do século 19.
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Portanto, de acordo com a educadora, assim como o município de Taquari o povoado também é muito antigo. “Após os indígenas os primeiros moradores europeus a ocupar essa localidade foram os açorianos. Hoje em dia convivem harmonicamente descendentes de açorianos, italianos, alemães e africanos.” Por muitos anos a principal atividade econômica foi a farinha de mandioca.
O povoado contava com várias atafonas e quando se conversa com as pessoas de mais idade sempre tem histórias envolvendo o serviço nas atafonas, como início de namoros, pois a atividade envolvia as famílias dos agricultores. Porém, essa produção requer mão de obra intensiva e com a queda no número de filhos por famílias e o êxodo rural, principalmente nas décadas de 70 e 80 essa atividade se extinguiu.
Atualmente o principal produto cultivado é o eucalipto. “Os mais velhos contam que a primeira cooperativa de Taquari foi fundada no povoado”, comenta. A comunidade conta com uma escola estadual de ensino fundamental fundada em 1952. A localidade também integra o roteiro turístico Freguesia das Figueiras.
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Texto: Alício de Assunção