Uma amiga minha queria comprar um pufe redondo para colocar no quarto da filha de três anos. Comentou com o marido sobre a intenção de fazer algumas mudanças no ambiente quando estavam em frente a uma vitrine com vários desses objetos expostos. A menina escutou a conversa e, sem titubear, indicou a sua preferência.
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Queria o mais colorido, com estampa que imita uma obra do famoso pintor pernambucano Romero Britto. Minha amiga não esperava por essa escolha extravagante, tinha imaginado um tom mais neutro, azul marinho, quem sabe. Combinaria melhor com a mobília do quarto e seguiria a decoração da casa, que tem uma proposta mais clean. Ficou pensativa. Analisou os prós e os contras. Encontrou argumentos plausíveis e chegou a conversar com a filha sobre a escolha do pufe azul.
Horas depois, mandou uma foto. O pufe colorido estava no meio da sala, sendo muito mais do que um espaço para se acomodar. O pufe era a própria casa. Ali, a guria jantou, escovou os dentes e se divertiu por horas. Como disse minha amiga, a bem da verdade, o que importa mesmo serão as memórias coloridas que a filha guardará desse tempo da sua vida.