“Voltar não passa pela nossa cabeça”, diz médica cubana que decidiu retornar ao Brasil

"Hoje, trabalhando como caixa ganho muito mais que minha mãe recebia como médica em Cuba", diz Khatarine Gabriela Mejia Rangel.


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Foto: Joel Alves

Em Junho de 2006, a médica Zulema Rangel Trigueir saiu de Cuba para buscar uma oportunidade de trabalho no Brasil, atuando pelo Programa Mais Médicos. A profissional atuou por cerca de um ano e meio na cidade de Relvado. Com o fim do contrato do Programa Mais Médico, Zulema foi obrigada a retornar para Cuba. Em meio às dificuldades, em janeiro de 2019, a médica decidiu voltar para o Brasil e trazer sua filha Khatarine Gabriela Mejia Rangel, de 19 anos.


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Zulema aguarda para fazer o exame do Revalida, prova que reconhece os diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil, e assim atuar novamente no país. “É possível pensar em um futuro aqui”, diz a médica cubana. “Voltar não passa pela nossa cabeça”, afirma Zulema ao revelar que sempre sonhou em conhecer o Brasil.

Khatarine atua como caixa em um supermercado em Lajeado. “Em cuba, atuando como médica, minha mãe recebia o equivalente a R$ 80,00. Hoje, trabalhando como caixa ganho muito mais que minha mãe recebia como médica em Cuba”, revela.

Morando com uma tia em Cuba, vive a outra filha de Zulema, de 23 anos, e sua neta de dois anos. A família busca se estabilizar e economizar recursos para que elas também venham para a cidade de Lajeado.

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