2,7 milhões de hectares de terra perderam fertilidade com erosão do solo no RS, estima Emater

Após ser atingida, a terra perde a capacidade de reter umidade, o que dificulta a prática da agricultura


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Foto: Carolina Leipnitz

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) estimou em 2,7 milhões de hectares o solo que perdeu fertilidade a partir do impacto das enchentes e dos temporais no Rio Grande do Sul. Produtores de 405 dos 497 municípios do estado relataram problemas.

Após ser atingida, a terra perde a capacidade de reter umidade, o que dificulta a prática da agricultura. Com isso, os prejuízos se arrastam por meses, junto com a recuperação do solo, revela Elaine Conte, mestra em Ciência do Solo e doutora em Biotecnologia da UCS. “Se perdeu matéria orgânica. E essa matéria orgânica é um suporte que dá ao solo. Então, tem várias funções. Entre elas, aumentar a capacidade do solo de reter nutrientes, de fornecer nutrientes pras plantas. Ela agrega ao solo, ela segura, retém umidade”, disse a especialista.

Ainda sim, há a possibilidade de recuperar o solo, se ele receber nutrientes, análise e assistência técnica adequados. “Isso vai refletir, sim, infelizmente, ainda nas plantas para os próximos meses ou anos”, complementa Elaine. Com 12 microrregiões do estado atingidas, o Palácio Piratini revela que o custo para recuperar os solos afetados gira em torno de R$ 16 bilhões e que tem intenção de ampliar ofertas de crédito. Ainda sim, o maior desafio é que os produtores e as famílias permaneçam nas propriedades.

Fonte: G1

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