A lanterna mágica. Lições para quem busca resultados melhores

Reflexão indica que é fundamental empresários estarem próximos da operação para que detalhes sejam percebidos e corrigidos rapidamente


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Gustavo Bozetti (Foto: Eduarda Lima)

Havia um empresário que estava passando por dificuldades em sua empresa. Teve, então, a sábia decisão de pedir ajuda, o que muitas vezes não acontece. Procurou um consultor experiente, com centenas de empresas atendidas e com resultados extraordinários. Ao compreender a situação, o consultor disse que não havia nada a fazer, a não ser uma única ação: usar a lanterna mágica. A orientação era que aquela lanterna não poderia ser vendida, mas, sim, emprestada por um prazo de noventa dias. Após o fim do período, a lanterna deveria retornar para as mãos do consultor. Durante o período, o empresário precisaria iluminar os quatro cantos da sua empresa duas vezes ao dia, uma pela manhã ao iniciar a jornada, outra ao fim da tarde, para finalizar o expediente.

Com o acordo feito, o empresário partiu para a ação. Dia após dia passava pela empresa iluminando os quatro cantos da empresa. Após passado o primeiro mês, o empresário percebeu que a magia já estava acontecendo. Houve aumento na produção, redução nas falhas de produtos, maior economia de matéria prima e de insumos, deixando o empresário impressionado. Mais um mês se passou e as vendas começaram a aumentar, os pedidos começaram a aparecer e o faturamento cresceu de maneira impactante. Quando se aproximava o fim do prazo de utilização da lanterna mágica, o empresário estava muito resistente em devolver a lanterna, uma vez que sua empresa havia sido transformada e seus resultados estavam com plena força e vigor. Foi então que o empresário decidiu fazer uma proposta para comprar a lanterna mágica do consultor. Em reunião, ofereceu um valor astronômico pela lanterna, uma vez que a magia havia promovido um milagre nos seus resultados. Foi então que o consultor revelou a mágica por trás da lanterna.

O milagre não estava na lanterna, mas, sim, no movimento do empresário. Circular pela empresa duas vezes ao dia fez com que ele enxergasse coisas que, outrora, não estavam sendo percebidas. As pessoas da equipe sentiram-se mais próximas de seu líder e, como consequência, aumentaram sua produtividade. Os produtos passaram a ser produzidos com mais capricho e as falhas foram imediatamente corrigidas. Os vendedores perceberam que a qualidade dos produtos estava melhor sentiram-se motivados a vender mais. Os gastos com a produção foram otimizados e o lucro aumentou, sobrando mais dinheiro no caixa. Ou seja, o milagre não estava na lanterna, mas, sim, no movimento.

Esta passagem, bem conhecida no mundo corporativo, carrega uma série de reflexões que todos os empresários podem utilizar. É fundamental estar próximo da operação para que detalhes sejam percebidos e corrigidos rapidamente. Os indicadores devem ser analisados em ciclos curtos de tempo, fazendo com que providências importantes sejam tomadas antes que os problemas se propaguem. Estar próximo da operação faz com que a equipe sinta-se engajada e comprometida com os resultados, aumentando a performance. Ou seja, o movimento de proximidade junto aos setores da organização é fundamental para que os resultados sejam positivos. Se eu e você transitarmos pelos quatro cantos da nossa organização, perceberemos detalhes que farão toda a diferença nos nossos resultados. Você tem feito isso? Forte abraço e até a vitória, sempre.

 

Texto por Gustavo Bozetti (@gustavobozetti), diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS

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